Após ouvir o pleito de empresários do setor de eventos, na manhã desta quinta-feira (29), o procurador-geral de Justiça de Alagoas, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, comprometeu-se em levar a demanda do segmento para a próxima reunião da Força-Tarefa de Prevenção e Enfrentamento à Pandemia da Covid-19 do Ministério Público do Estado de Alagoas, que será realizada no dia 4 agosto. Os empresários defendem o retorno gradual das atividades, seguindo protocolos sanitários e com público imunizado com as duas doses da vacina.
De acordo com a chefia do MPAL, com a redução dos casos de pessoas contaminadas com o novo coronavírus e a diminuição na ocupação de leitos intermediários e de UTI, é possível, sim, pensar na viabilidade de eventos testes, desde que eles sigam medidas de segurança. “Nós sabemos o quanto toda a cadeia de eventos foi prejudicada em razão da pandemia da Covid-19, mas, nos meses de maior agravamento, não se poderia discutir quaisquer tipos de aglomeração. No entanto, com os dados mais controlados e o avanço da vacinação em Alagoas, entendo ser viável dar início as conversas sobre a volta dessas atividades. Convidamos os representantes das empresas para que eles apresentem suas propostas à força-tarefa e, depois dessa explanação, o MP vai analisar a demanda para, se entender pela sua viabilidade, levá-la ao governo do estado”, explicou Márcio Roberto Tenório de Albuquerque.
No encontro, onde estiveram presentes o chefe de gabinete do MPAL, promotor de Justiça Humberto Bulhões, e os empresários Sérgio Feitosa (Celebration Entretenimentos), Raul Peixoto (CDR Entretenimento) e Simone Alexandre (Só Produções), os promotores de eventos defenderam um calendário oficial para o retorno de suas atividades. “A ideia é termos esse calendário organizado, com eventos testes a partir de públicos reduzidos e que possam ir ganhando mais números de pessoas depois da realização de cada evento que não apresente mais riscos à população. Tudo isso, claro, seguindo protocolos rígidos de higiene e adotando as medidas sanitárias recomendadas pelas autoridades de saúde”, defendeu Feitosa, que é diretor regional da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape).
Ele também pediu para que o MPAL siga buscando a responsabilização daqueles que insistem em promover festas clandestinas, de modo que a punição sirva de exemplo para que outros eventos sem autorização não mais ocorram.
Ainda na reunião, os empresários adiantaram que vão defender a participação nos eventos apenas de pessoas imunizadas com as duas doses da vacina, uma vez que, aqueles vacinados dessa forma, apresentam menos chances de contrair a doença e, em caso de contaminação, desenvolverão formas mais leves da Covid-19.
O encontro virtual com a FT ocorrerá na quarta-feira da semana que vem, a partir das 14h.