Mais uma operação realizada em parceria entre o Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público Estadual de Alagoas, a Promotoria de Justiça de Porto de Pedras e a Polícia Militar, resultou, no final da tarde dessa quarta-feira (21), na prisão de um acusado de envolvimento na morte do soldado Ivaldo Oliveira da Silva, assassinado em 09 de dezembro passado, no município de Porto de Pedras. A ação ocorreu no bairro da Serraria e o suspeito não reagiu a prisão.
Na operação, os policiais militares do 5º Batalhão deram voz de prisão a Clebson Nogueira de Carvalho, de 23 anos. Ele voltava da praia, numa bicicleta, quando foi abordado. O suspeito, que antigamente morava no bairro Ouro Preto, mudou-se para a Serraria, segundo o Gecoc, para tentar despistar os investigadores.
“O Clebson estava portanto uma pequena quantidade de maconha, que, de acordo com ele, era para consumo próprio. Não reagiu a prisão e confirmou que conhece toda a quadrilha envolvida na morte do soldado Ivaldo. O mandado de prisão foi expedido contra o acusado porque, durante a fase de interrogatórios, os demais réus confirmaram a participação dele no crime. Isso está nos autos. E, mesmo tendo a prisão decretada, ele conseguiu fugir”, informou o promotor de Justiça Alfredo Gaspar de Mendonça, coordenador do Gecoc.
O promotor ainda chamou a atenção para uma tatuagem existente na mão direita do acusado. Ele tem escrito, entre os dedos, a palavra “ódio”.
Após a fuga de Clebson, o serviço de Inteligência do Gecoc, a Promotoria de Justiça de Porto de Pedras, cuja titularidade é do promotor José Antônio Malta Marques, e o a Polícia Militar começaram um trabalho de monitoramento na tentativa de localizar o foragido.
Após a prisão, o acusado foi encaminhado à Central de Flagrantes para, de lá, ser encaminhado a uma unidade prisional.
Denunciados pelo MPE/AL
Em abril último, o promotor José Antônio Malta Marques denunciou sete pessoas acusadas do assassinato do soldado Ivaldo Oliveira da Silva. Diego Guedes Correia Alves, Reni Alves da Silva, Niedson dos Santos Silva – vulgo “Marechal”, Alexsandro Marques de Messias – conhecido como “Peito de Pombo”, David Alisson Santos Cunha – o “Galeguinho” -, Claudemir Alexandre da Silva – apelidado como “MI” e Clebeson Nogueira de Carvalho. Fábio dos Santos, o “Nego Anum”, era o líder do bando, porém, foi morto numa troca de tiros com a polícia antes do oferecimento da denúncia. Niedson e Claudemir também foram assassinados.
Segundo as acusações do promotor, o bando se organizou para praticar um assalto contra um caixa eletrônico do banco Bradesco, no município de Porto de Pedras, porque teria recebido informações de que o equipamento era “solto”, ou seja, seria mais fácil de ser tirado do local e, em seguida, colocado sobre uma caminhonete. Parte dos bandidos estava no interior de Alagoas e, para chegar até o destino final, assaltou várias motoristas para conseguir roubar carros que seriam utilizados no próximo crime. No entanto, ao chegarem ao local, a tentativa de assalto foi frustrada e eles não conseguiram retirar o caixa eletrônico do chão. Foi quando surgiu a ideia, dada por Diego Guedes, de roubar o GPM da cidade. Lá, estava apenas o soldado Ivaldo de plantão. A vítima foi obrigada a conduzir os criminosos até a casa do outro colega militar, que também estava na cidade e, não conseguindo também capturá-lo, foi com raiva, a quadrilha começou a atirar contra o Ivaldo, no meio da rua. Os acusados foram denunciados pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio, sequestro, roubo qualificado.