Música, um sarau de poesias, palestra sobre a força da mulher moderna, distribuição de rosas e um almoço marcaram o Dia Internacional da Mulher comemorado, nesta quarta-feira (8), no Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL). Com o auditório Desembargador Edgar Valente de Lima Filho lotado de promotoras, uma procuradora de Justiça, servidoras, estagiárias e funcionárias terceirizadas, o evento foi além de celebrar a data e promoveu uma reflexão acerca dos direitos que ainda devem ser conquistados pelo sexo feminino.
A abertura das comemorações foi realizada pelo procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça; pelo subprocurador-geral Administrativo-Institucional, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque e pela promotora de Justiça e presidente da Associação do Ministério Público de Alagoas (Ampal), Adilza Inácio de Freitas.
“As mulheres não contribuem apenas para o bom andamento do Ministério Público, elas constroem o seu dia a dia. Há espaços conquistados e o sentimento de orgulho tem prevalecido. Mas, ainda temos ainda temos muito a lutar e avançar”, disse Alfredo Gaspar de Mendonça enquanto distribuía rosas a todas mulheres presentes, afirmou o chefe do MPE/AL.
O procurador-geral de Justiça fez também uma deferência especial à Joseína de Albuquerque Silva, uma das servidoras com mais tempo de serviço no Ministério Público. “Em seu nome quero homenagear todas as funcionárias, servidoras, estagiárias, promotoras e procuradora. Você é uma trabalhadora forte e incansável. Joseína está aqui há mais tempo do que todos nós e, com sua simplicidade, vem ajudando a construir a história desse órgão ministerial. Todo meu respeito e aplausos para a senhora”, declarou, emocionando a homenageada.
“Depois que a primeira mulher entrou no nosso Ministério Público, a instituição nunca mais foi a mesma. A percepção feminina é mais apurada, mais cuidadosa. Caminhando lado-a-lado, homens e mulheres estão lutando aqui, nesta Casa, para construir uma instituição ainda mais justa. E, onde estiverem, estarão se dedicando à construção de um mundo melhor”, disse o procurador Márcio Roberto Tenório de Albuquerque.
Sarau e palestra
Após a abertura do evento, a secretária da Mulher e dos Direitos Humanos de Alagoas, Cláudia Simões, proferiu palestra sobre a importância da valorização da mulher moderna. “Precisamos nos apropriar de nós mesmas. Precisamos nos cuidar. Não se pode vitimizar, arrastar-se em sofrimento. É necessário que irriguemos nossas asas para voarmos. Só quando a valorização vem de dentro, quando conseguimos alimentar nossa estima, é possível que o outro nos tenha respeito”, disse a palestrante.
Já a bibliotecária Mira Dantas iniciou o sarau com a poesia “Mulheres Nordestinas”, da mineira Lana Alpino. “As mulheres saíram da cozinha, tiraram a trouxa e a lata d’água da cabeça, quebraram preconceitos e rótulos, deixaram para trás a servidão contumaz! Mudaram a realidade brasileira”, declamou ela, que é servidora da Biblioteca Estadual de Alagoas.
Dando continuidade ao recital, integrantes do Instituto Lumeeiro leram poemas em homenagem ao sexo feminino. Foram cinco blocos, cada um com várias poesias, lidas por Larissa Cabús e Cristina Patriota, que foram acompanhadas pelo talento do músico Ivo Bulhões. Dentre as poetistas interpretadas, estavam Cora Coralina, Florbela Espanca, Cecília Meireles e a alagoana Anilda Leão.
“Esse dia é luminoso, comemorar com poesia é uma grata missão. O Ministério Público está de parabéns por colocar poesia na vida dessas mulheres. Escolhemos textos que fazem homenagens a elas. Foi uma seleção bem heterogênea, com diversos estilos para agradar a todo o público”, garantiu a produtora cultural Cristina Patriota.
O sarau ainda teve a participação da promotora de Justiça Salete Adorno, que declamou uma poesia de Castro Alves.
Encerrando as homenagens às mulheres do Ministério Público, o músico Fábio Zani tocou por cerca de 40 minutos. No repertório, canções de Djavan, Gonzaguinha, Fábio Júnior, Geraldo Azevedo e Leoni. “Foi uma grande honra cantar para uma plateia tão seleta. Sei que o Ministério Público tem uma missão nobre e, essas mulheres que aqui trabalham, carregam nos ombros responsabilidades enormes. Um momento desse, de descontração, traz leveza e alegria. Podem me chamar outras vezes, vou adorar voltar”, declarou o artista.
Um almoço foi servido após o encerramento das atividades.