Em audiência pública realizada nesta quarta-feira (16), o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), por meio da 26ª Promotoria de Justiça da Capital, e outras instituições de defesa da saúde pública, estabeleceram um fluxo de atendimento para famílias de crianças com microcefalia. O objetivo das autoridades competentes é otimizar e dar maior celeridade ao acompanhamento dos menores.
O primeiro passo do fluxo de atendimento ocorrerá no Hospital Geral do Estado, onde serão realizados exames de tomografia nas crianças. Na sequência, o resultado clínico será encaminhado para especialistas da área médica, como pediatras, otorrinolaringologistas e oftalmologistas para conclusão do diagnóstico dos pacientes. A partir daí, terão início tratamentos para estimulação psicomotora deles a partir de programas de terapia ocupacional e fisioterapia, amenizando assim os efeitos da microcefalia no desenvolvimento da criança.
A promotora de Justiça Micheline Tenório alerta as famílias para que aguardem em casa a comunicação da Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) e das Vigilâncias em Saúde dos Municípios. Segundo a representante do MPE/AL, os órgãos públicos informarão quando elas serão atendidas e providenciarão a viagem para a Capital.
“É muito importante que as famílias não se dirijam aos hospitais agora para resguardarem a saúde das mães e crianças em situações de fragilidade devido ao parto. Nas unidades, as famílias tendem a ficar em salas de espera lotadas, expondo ainda mais a condição dos seus filhos e dos próprios pais”, destacou a titular da 26ª Promotoria de Justiça da Capital, que estava acompanhada do promotor de Justiça Ubirajara Ramos.
Além do MPE/AL e da Sesau, participaram da audiência pública representantes do Ministério Público Federal em Alagoas, Hospital Geral do Estado e médicos infectologistas que compõem grupo técnico de assistência à população vítima da microcefalia.