O Ministério Público de Alagoas vai convocar representantes da Direção do Hospital do Açúcar para esclarecer de que forma foram usados os R$ 300 mil repassados pelo município de Maceió, em 2005, para a reforma da maternidade daquela unidade de saúde. A decisão atende a representação do vereador Galba Novaes, entregue nesta segunda-feira, ao procurador-geral de Justiça substituto, Luciano Chagas da Silva.
“Vamos encaminhar a representação à Promotoria de Justiça da Saúde, onde já existem ações referentes a problemas envolvendo as maternidades da capital, e, amanhã mesmo, entrar em contato com os diretores do Hospital do Açúcar para que eles agilizem o esclarecimento”, garantiu Chagas.
Segundo o vereador Galba Noaves,desde 2002, o Hospital do Açúcar fechou suas portas à assistência materno-infantil, paga pelo SUS, sob a alegação de que precisava fazer uma reforma. “Três anos depois, em 2005, a direção informou que precisava da colaboração das Secretarias Municipal e Estadual de Saúde para executar as obras. E assim foi feito”, informou o parlamentar.
O vereador informou ainda que, na época, cada Secretaria destinou R$ 150 mil e o hospital se comprometeu em desembolsar outros R$ 300 mil para a conclusão da reforma, com valor total de R$ 600 mil. “O compromisso era de, num prazo de 60 dias, o Açúcar entregaria 17 leitos de obstetrícia de alto risco e seis leitos de UTI neonatal. Infelizmente, parece que até agora nós ainda não temos nada disso”, lamentou o vereador. Segundo , o repasse dos R$ 150 mil do município foi confirmado no último dia 24, pelo secretário de Saúde Théo Fortes.