Os Promotores de Justiça Dalva Tenório e Lucas Sachsida Carneiro participaram, esta semana, de uma reunião com representantes dos serviços de obstetrícia, pediatria, serviço social, psicologia, urgência e emergência, além da chefia da divisão de cuidados e a superintendência do Hospital Universitário de Alagoas (HU). O objetivo do encontro de trabalho foi reafirmar a participação da unidade de saúde ligada à Universidade Federal de Alagoas (Ufal) no Projeto “Abuso Sexual: Notificar é Preciso”, coordenado pelos representantes do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL) e que tem a intenção de potencializar a participação de profissionais de saúde nas etapas dos processos que investigam e apuram situações de violência contra crianças e adolescentes.

De todos os crimes de estupro que se tem notícias, estudos demonstram que a grande maioria acontece dentro do lar. E mais, considerável porcentagem deles são perpetrados contra crianças e adolescentes. Os dados já divulgados demonstram um número elevadíssimo e o aumento na ocorrência de tais crimes. Somada a tal fato, está a inerente e grande subnotificação desses crimes. Muitos, estima-se, não chegam ao conhecimento das autoridades.

Na reunião, realizada na última terça-feira(7), conscientes de que a mudança desse quadro pode e deve partir dos Profissionais da Área da Saúde e Assistência Social e do Ministério Público, trocaram-se conhecimento, dados e novas estratégias foram traçadas para dias melhores no atendimento, cuidado e proteção de crianças e adolescentes vítimas de crimes. O Promotor de Justiça, Lucas Sachsida Carneiro denotou que “a reunião foi importantíssima. Aprendemos muito com os profissionais do HU. Agora, novas etapas do projeto virão. É dever de todos, sociedade, família e Estado, a proteção das crianças e, assim, na próxima semana já está agendada uma audiência com os Conselheiros Tutelares da Capital”.

De acordo com a Promotora de Justiça, Dalva Tenório, um dos principais objetivos do projeto “Abuso Sexual: Notificar é Preciso” é o de catalisar políticas públicas, promover a união de todos os órgãos de modo a se erguer uma só bandeira, a do combate efetivo aos crimes contra a criança e adolescente. É preciso que se solidifique uma rede de informações e ações, efetivas e sistematizadas, com a participação de todos que tenham contato com crianças e adolescentes vítimas de crimes.”

Segundo o Promotor de Justiça, Lucas Sachsida, “o Ministério Público, com essa ação, acredito, dá força à Constituição, que prevê ser dever de todos, a proteção de nossas crianças e adolescentes. Aliás, tal é, conforme o Estatuto da Criança e Adolescente, prioridade absoluta.”