Durante a reunião, a secretária Wedna Miranda explicou que por uma questão burocrática, criada por conta da mudança na estrutura do governo, o repasse dos recursos federais não pôde ser feito para a coordenação do CAV. No entanto, a secretária garantiu que esse problema já foi solucionado e o repasse será feito no início da próxima semana. “Não era o CAV que estava sendo desprestigiado, era um entrave burocrático que impedia o repasse dos recursos”, afirmou a secretária.
A coordenadora do CAV Crime, Thaísa Costa, disse que por conta no atraso do pagamento dos salários perdeu excelentes profissionais e quase viu o serviço fechar as portas diante da crise. “Foi preciso recorrer ao Ministério Público para evitar o fechamento do CAV”, afirmou Thaíse, acrescentando que procurou solução no governo do Estado, mas o problema não era resolvido. “Felizmente, a secretária Wedna Miranda tomou a frente e conseguiu uma saída para esse entrave burocrático”, reconheceu.
Para a promotora Marluce Falcão, o importante é que houve o empenho, a união de esforços, de todas as partes envolvidas, conseguiu superar o problema e partir de agora o CAV volta às suas atividades normais. “O trabalho do CAV é de suma importância para o combate à criminalidade, porque se a vítima não se sentir segura, protegida, dificilmente ela vai ter forçar para denunciar seu agressor”, comentou a promotora. Segundo ela, o Centro sempre foi um parceiro do MP no acolhimento de pessoas que precisam de acompanhamento especializado.
De acordo com Thaísa Costa, o CAV saiu da casa onde funcionava no bairro do Poço, em frente à antiga LBA, e está funcionando agora no Edifício Muniz Falcão, onde funcionava o antigo Fórum de Maceió, na Rua do Livramento, no Centro. Segundo a coordenadora, em 2006, o CAV Crime atendeu cerca de 150 casos novos. Na época, o Centro funcionava com 17 profissionais. Com a crise, parte desses profissionais saiu, mas os que ficaram estão dando conta do serviço que recebe recursos do Ministério da Justiça.