Certa de que uma nova educação é possível, a 19ª Promotoria de Justiça da Capital promove, na próxima segunda-feira (20), a primeira atividade do projeto “Fale, Educação”. Trata-se um curso de formação para professores da rede pública de ensino e promotores de Justiça do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL) a fim de apresentar metodologias voltadas para a participação dos alunos em sala de aula e a pedagogia baseada na “Teoria da Escolha”. A atividade ocorrerá no auditório da Procuradoria-Geral de Justiça, no bairro, a partir das 8h.

Segundo a promotora de Justiça Maria Cecília Pontes Carnaúba, a metodologia de ensino público brasileiro está estagnada há pelo menos 13 anos, com resultados negativos em índices oficiais. Por essa razão, a representante do MPE/AL defende um novo trabalho na educação que qualifique principalmente o Ensino Básico.

Para Cecília Carnaúba, o método baseado na Teoria da Escolha pode significar essa alternativa pedagógica, uma vez que substitui o professor pelo estudante como centro do aprendizado, a exemplo do que vem ocorrendo no Curso de Medicina da unidade alagoana do Centro Universitário Tiradentes (UNIT), um dos parceiros da formação.

“Com os atuais índices brasileiros na área de educação, concluímos que é necessária uma mudança sistêmica de comportamentos nas escolas públicas. Ou nós mudamos de postura diante da educação ofertada aos nossos jovens, ou nada acontece. A UNIT tem know-how numa educação mais participativa. Pretendemos agora sugerir essa forma de educação básica a fim de tornar os estudantes agentes ativos do próprio conhecimento, de modo que os professores possam exercer melhor a função de facilitadores do saber”, explicou a titular da 19ª Promotoria de Justiça da Capital.

Os 35 docentes que vão participar do curso foram selecionados pela Secretaria de Estado de Educação. Já os promotores de Justiça convidados atuam em áreas como direito à saúde, democracia, direito à probidade, água, educação, direito à alimentação, direito à integridade física e emocional, direito à convivência pacífica, liberdade de expressão e direito ao trabalho.

Fale, Educação

O projeto “Fale, Educação” visa aumentar a visibilidade da educação para os poderes e instituições públicas e facilitar o exercício da cidadania, por parte da comunidade escolar, como forma de estímulo à busca de caminhos eficientes, pacíficos e humanitários de realização dos interesses e necessidades da comunidade.

A iniciativa também pretende mostra a importância do uso de um novo sistema de ensino, o sistema de tutoria, como caminho para a superação das falhas existentes no método de ensino tradicional das escolas da rede pública.

Por fim, o “Fale, Educação” tem o intuito de mitigar ao máximo as falhas operacionais do sistema de ensino tradicional, para trazer melhorias efetivas ao aprendizado dos alunos e tem por base os princípios de solidariedade e sustentabilidade tanto ambiental quanto de convívio humano.

Confira aqui o projeto de extensão na íntegra.

Programação do curso

Manhã

8h – Teoria da escolha. Qualidade da aprendizagem. Política educacional voltada para um atendimento mais humano. Mudanças para a construção do conhecimento. Qualidade na adoção de novas técnicas capazes de transformar o ato de ensinar em um processo evolutivo e moderno. Motivação na escola. Afetividade, apoio e confiança. Relevância do estudo. Processo de autoavaliação. Incentivo a comportamentos construtivos. Ambiente favorável e acolhedor.

10h – Intervalo;

10h15 – Apresentação de metodologias voltadas para a participação dos alunos em sala de aula, de acordo com a realidade na qual estão inseridos, agregando os conteúdos propostos no currículo escolar.

Tarde

14h – Videoconferência (Professora Ilona Becskeházy)

15h – Dinâmica (Questões para ressignificar o conhecimento) e Avaliação da Aprendizagem.

17h – Intervalo

17h30 – Encerramento. Tema: Motivação – ou seja, “motivos para ação”.