Agentes de saúde e soldados do Exército começaram, na manhã desta sexta-feira, a atuar na Força-Tarefa para combater o mosquito transmissor da dengue Aedes aegypti, em imóveis localizados nos bairros do Farol e da Pitanguinha. A mega-campanha de conscientização dos moradores resistentes à entrada dos agentes de Saúde em residências é uma realização conjunta do Ministério Público de Alagoas, Secretaria Municipal de Saúde, Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Exército Brasileiro, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, com apoio da Somurb, Slum e SMCCU, que vão garantir a limpeza de terrenos baldios, encostas de vias públicas e córregos.
De acordo com as promotoras de Justiça Cecília Carnaúba, Micheline Tenório e Dalva Tenório, durante esta campanha emergencial, que deve se manter por quatro semanas, 50 integrantes do Exército, 30 policiais militares e 30 militares do Corpo de Bombeiros vão reforçar o trabalho dos 300 agentes de Saúde. A Força-Tarefa também vai atuar nos bairros de Jacarecica – que possui o maior índice de pendência de vistoria (46,8%) – Ponta Verde, Jatiúca, Pescaria, Riacho Doce, entre outros.
De acordo com o Centro de Controle de Zoonoses, em um ano houve um aumento de 400% de casos de dengue no Estado. “A população pode ligar para 3315-5457 e tirar dúvidas ou informar sobre a existência de focos do mosquito”, informou o diretor da CCZ, Carlos da Silva.
Para as promotoras de Justiça, os índices relativos aos casos de dengue são alarmantes. “Já ocorreram neste ano cinco óbitos na capital por causa da dengue hemorrágica. Além disso, existem 27.581 imóveis que não foram vistoriados pelos agentes de Saúde por motivo de recusa dos moradores, ausência ou abandono do imóvel. Desta forma, a Força-Tarefa, com auxílio do Exército, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, vai servir para conscientizar a população de que é preciso permitir o acesso dos agentes nas residências”, afirmaram as promotoras de Justiça.
Segundo elas, o Ministério Público alagoano vai notificar os síndicos que ainda resistirem à entrada dos agentes nos condomínios. “A primeira providência que iremos tomar é uma expedição de ofício para que permitam a entrada. Se eles ainda não permitirem, entraremos com uma ação contra os donos de residências, já que é uma questão de saúde pública e de possibilidade de epidemia”, ressaltaram.