O inverno chegou e com ele os problemas típicos desta estação, como a chuva e o frio, que afetam, principalmente, as pessoas em situação de rua. Sensibilizado com isso, o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL) participou, junto com a Associação do Ministério Público de Alagoas (Ampal), nesta quinta-feira (21), de um café da manhã e varal solidário. O evento foi organizado pelo Movimento Nacional de População de Rua em Alagoas e teve como objetivo, além de distribuir roupas e agasalhos, dar visibilidade a essa parcela da população que vivem em vulnerabilidade.
O café da manhã e varal solidário fazem parte de uma campanha criada para arrecadar agasalhos, cobertores e alimentos para serem doados aos moradores de rua. “O Ministério Público se preocupa com situação em que vivem estes cidadãos e, por isso, nos engajamos nesse ato. Trabalhamos para que sejam criadas políticas públicas que permitam a estas pessoas o execício de suas cidadanias e o acesso aos seus direitos. A instituição ministerial estará sempre com suas portas abertas e trabalhando por estas pessoas”, disse o promotor de justiça José Malta Marques, que representou o procurador-geral de justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto.
Para o promotor de justiça e presidente da Ampal, Flávio Gomes, a ação vai além do ato de solidariedade e se transforma em uma demonstração de amor. “Estamos chegando à quadra chuvosa e este é um problema sério para a população em situação de rua, que enfrenta frio, umidade e precisa de nossa solidariedade. Além disso, estamos em época junina, quando se fala das comidas típicas e das fogueiras. Fazendo uma analogia, com esta ação, estamos falando de outros tipos de alimentos, que é a solidariedade e o calor humano. Este evento de hoje, com distribuição de alimentos e roupas, é um ato de amor. E sabemos que é este sentimento que deve permear as relações entre as pessoas”, disse.
Flávio Gomes disse ainda que esta época do ano é propicia para discutir a situação dos moradores de rua. “Claro que este assunto deve ser permanente nas pautas das instituições que trabalham para que os direitos previstos para cada cidadãos sejam cumpridos. Mas, em épocas de chuva, de frio, devemos ir além das demonstrações de amor e solidariedade. Temos que nos unir para e buscar soluções para uma parcela da sociedade que precisa ser vista e ter os direitos restituídos”, declarou.
A promotora de justiça e coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos do MPE/AL, Marluce Falcão, afirmou que a ação permite visibilidade para as pessoas que moram nas ruas. “Essa campanha, com um ato de café da manhã e um varal solidário, faz com que olhos do Poder Público e sociedade civil se voltem para as pessoas que vivem na rua. Esses cidadãos possuem muitas demandas, que vão desde falta de alimentação adequada, acessoa saúde, educação e, claro, ter sua moradia. Sabemos de inúmeros projetos desenvolvidos, mas é preciso tirá-los da rua”, destacou.