A promotora de justiça Marluce Falcão coordenou, nessa sexta-feira (11), a primeira reunião do grupo de trabalho que executará o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID) do Ministério Público de Alagoas (MPE/AL). O PLID tem como objetivo articular dados de órgãos distintos e mobilizá-los no processo de localização de pessoa desaparecida e será lançado no próximo dia 25.

O encontro contou a presença da assessora da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Delegada Railana Amoras Oliveira. Também participaram da reunião, representantes da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau), Secretária de Segurança Pública de Alagoas (SSP), Secretaria Municipal de Assistência Social, Secretaria da Mulher e dos Direitos Humanos do Estado de Alagoas (SMUDH), Perícia Oficial, Instituto Médico Legal, Polícia Civil e dos Hospitais Portugal Ramalho e Geral do Estado.

“Outras instituições fazem parte desse grupo de trabalho e, posteriormente, nos encontraremos em reuniões setoriais. Teremos encontros específicos com instituições ligadas à saúde, assistência social e organizações não-governamentais que trabalham em casos de pessoas desaparecidas. É um grande grupo de trabalho que funcionará de maneira integrada e traçando estratégias para que o Programa funcione em toda sua capacidade de identificar e localizar pessoas desaparecidas”, disse a promotora de justiça.

Marluce Falcão ainda ressaltou que PLID/AL, possibilita ao Ministério Público tornar humanizado o fenômeno social do desaparecimento. “Quem vive o desaparecimento vive um doloroso processo em silêncio, se apegando a um fio de esperança, em busca de respostas. Torna-se urgente uma ação efetiva e conjunta, poder público e sociedade, que possa restabelecer a dignidade da pessoa desaparecida, vindo ao encontro dos anseios de muitas famílias alagoanas”, declarou.

A promotora da justiça ainda explicou que o PLID é uma ferramenta executora do Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (SINALID), que é gerido pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), e possibiliará o cruzamento de localização de uma informações, permitindo a busca da pessoa desaparecida. Os dados cadastrados no SINALID, originados da alimentação por diversas instituições locais, permite o desenvolvimento de ações conjuntas entre os órgãos.

A expectativa é de que haja um salto de qualidade com a sinergia nacional gerada pela integração. A integração de informações na busca por desaparecidos que desconhecem fronteiras estaduais acontece a partir do uso d do PLID, que é uma solução criativa e eficaz, que através das atuações perseverantes de agentes locais, que conhecem a cultura local e podem inseri-la em um sistema único.