O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) participa ao longo dessa semana do mutirão de combate à violência doméstica e familiar. Os feitos foram iniciados nesta segunda-feira (15) e segue até a próxima sexta-feira. A estimativa é que cerca de 125 casos sejam contemplados pelo mutirão. Participam da ação a promotora de Justiça Maria José Alves, o promotor Cláudio Malta e a promotora Adézia Lima de Carvalho.
A promotora Maria José explica que o mutirão faz parte da Semana Justiça pela Paz em Casa, uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), realizada desde 2016. Ela acredita que a ação acaba despertando a população para a temática da violência doméstica, levantando debates sobre o assunto. A promotora também reforçou a importância em se trabalhar a prevenção, pontuando que a violência familiar é algo estrutural em nossa sociedade.
“Quando você fala em mutirão, todo mundo fica sabendo o que está acontecendo, todo mundo participa. É importante pontuar que existe essa tragédia, que é a violência doméstica e que isso deve incomodar a todos, que é um problema de todos nós. É um problema estrutural, nós sabemos, e que precisa ser trabalhado para além do penal. Precisamos trabalhar a prevenção. A violência está aí e somos todos responsáveis para mudar essa sociedade tão litigante”, ponderou Alves.
Além de dar celeridade aos processos, o promotor de Justiça Cláudio Malta acredita que o mutirão vem no sentido de provocar reflexões junto à população sobre o combate à violência doméstica. Ele também realça a atuação do Ministério Público na defesa dos direitos da sociedade alagoana, tendo em vista o papel que a instituição tem de atuar como fiscal das leis.
“O efeito desse trabalho tem um impacto muito importante na sociedade porque chama a atenção para um grave problema social, dá visibilidade a esse problema e coloca esse problema, que é a violência doméstica contra a família, na pauta da sociedade de um modo geral. O Ministério Público atua como fiscal da lei, como a defesa da sociedade. Nesses casos de violência, o MP tem um papel fundamental pela responsabilização desses agressores, das pessoas que praticam a violência doméstica e familiar”, finaliza.
Por Ethiene Fonseca – jornalista do MPAL