Conselheiros tutelares de Maceió, educadores, alunos do curso de direitos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e representantes da Polícia Militar receberam, na sexta-feira (9), uma capacitação sobre como detectar sinais de abusos em crianças e adolescentes. O evento aconteceu na Sede das Promotorias de Justiça da Capital, no Barro Duro, e fez parte da programação do projeto “Direitos Humanos em Pauta”, coordenado pelas promotoras de Justiça Marluce Falcão e Dalva Tenório.
Na abertura da reunião, a promotora de Justiça Marluce Falcão destacou que o projeto do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL) tem como objetivo o fortalecimento da cultura dos Direitos Humanos no Estado e realizará diversas ações durante todo o ano de 2017.
“A intenção da campanha é fomentar a cultura do exercício dos direitos e deveres do cidadão, além de aproximar a atuação do órgão ministerial da sociedade na defesa dos Direitos Humanos e da cidadania em Alagoas. Esta ação, especificamente, é voltada para os direitos das crianças e para a capacitação para representantes da sociedade civil e agentes públicos que trabalham próximo às crianças. O Ministério público tem por obrigação constitucional defender o direito das crianças. Acreditamos que proteger estes cidadãos no começo das suas vidas é mostrar para eles um futuro, um caminho melhor. Mostrar que o órgão ministerial está aqui para proteger seus direitos”, declarou.
Destacando o crescente registro de situações envolvendo desrespeito aos direitos de crianças e adolescentes, praticado por parentes e pessoas próximas, a promotora de Justiça Dalva Tenório ministrou a palestra onde abordou o direito à integridade física, emocional e como fazer a prevenção de abusos sexuais, que também é uma atividade da campanha “Com criança Não se Brinca”, coordenado pela promotora de Justiça.
“As crianças estão sendo abusadas, onde devem ser protegidas. Por isso, profissionais que trabalham para proteger os direitos desses pequenos cidadãos devem ser bombardeados de informação. Eles devem saber agir quando detectar casos de abusos. É preciso quebrar este silêncio. Esse é o objetivo dessa palestra: abordar o assunto, conversar sobre situações, mostrar quais são os sinais que uma criança demonstra quando tem sua vida modificada por um ato criminoso”, declarou a promotora, de Justiça.