A pedido do procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, os promotores de Justiça que compõem a Comissão de Apoio Institucional às Vítimas das Enchentes não estão poupando esforços para amenizar as consequências das fortes chuvas que atingiram o estado nas últimas semanas. Nesse fim de semana, o grupo de trabalho passou pelas 31 cidades atingidas e constatou inconformidades entre o número real de vítimas e os dados repassados pelas prefeituras municipais.
A situação mais grave é a de Colônia Leopoldina. A Prefeitura de lá disse à Defesa Civil do Estado de Alagoas que havia 2,5 mil desabrigados e desalojados na cidade, no entanto, o promotor de Justiça do Município, Ivan Viegas, constatou e informou ao grupo de trabalho a existência de apenas 54 famílias, num total de 214 vítimas das enchentes. A comissão encontrou divergências de números na maioria das cidades visitadas.
“Antes do repasse dos recursos federais e das cestas básicas pela União, o Ministério Público do Estado de Alagoas orienta às prefeituras a serem precisas nos dados que informam aos órgãos competentes. Essa é a melhor forma dos municípios receberem a ajuda adequada às famílias afetadas sem que seus gestores públicos caiam na ilegalidade”, disse o promotor de Justiça José Antônio Malta Marques, líder da força-tarefa.
Além do coordenador do 1° Centro de Apoio Operacional (CAO) do MPE/AL, integram o grupo de trabalho os promotores de Justiça Micheline Tenório, Antônio Luiz dos Santos Filho, José Carlos Silva Castro, Maria Luísa Maia Santos, Miryã Tavares Ferro, Fernanda Maria Moreira, Jamyl Gonçalves Barbosa, Jorge José Dória, Adriano Jorge Correia de Barros e Carmem Sylvia Nogueira Sarmento.