Palestras, vídeos, rodas de conversa, uma blitz cidadã e apresentações culturais. Com estas dinâmicas, o projeto “Direitos Humanos em Pauta – Cidadania nas Escolas”, do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), foi apresentado ao município de Paripueira. A visita, ocorrida nesta sexta-feira (2), teve como objetivo abrir diálogo com a comunidade acerca de temas como educação, saúde, exploração sexual e o uso de tabaco, álcool e outras drogas.
O Ministério Público tem um papel importantíssimo quando o assunto é cidadania. Ela precisa ser garantida na sua plenitude a crianças, adolescentes, adultos, idosos. E isso é o que também busca fazer o projeto Direitos Humanos em Pauta. Com uma sociedade mais consciente dos seus direitos e deveres, inclusive, tendo discernimento sobre o que é ou não crime, fica mais fácil trabalharmos para assegurar uma vida mais decente e digna para todos porque teremos a população lutando junto conosco. Os promotores de Justiça engajados neste projeto estão de parabéns”, declarou Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, procurador-geral de Justiça.
As promotoras de Justiça Marluce Falcão e Lídia Malta coordenaram o evento, que teve atividades simultâneas no Ginásio Esportivo do Município de Paripueira e na Escola Municipal Pedro Reis. Além da “blitz cidadã”, ocorrida em vários pontos da cidade, com distribuições de panfletos educativos contra o abuso sexual infantojuvenil. A ação foi colocado em prática pela equipe do projeto Anjos da Paz, da Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (SEPREV).
“O Direitos Humanos em Pauta é resultado de um Ministério Público resolutivo, que atua por meio de ações proativas em todo o Estado de Alagoas. A intenção é discutir, principalmente com os mais jovens, o que são direitos humanos e como exercê-los. Precisamos transformar a sociedade com a estruturação do que é cidadania. Estes alunos podem ser agentes multiplicadores dessa mudança. Por isso, a importância do Ministério Público se aproximar e promover essa discussão”, afirmou a promotora de Justiça Marluce Falcão, coordenadora do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos, o 1º Centro de Apoio Operacional do MPE/AL e idealizadora do projeto.
A promotora de Justiça Lídia Malta, titular da Promotoria de Paripueira, destacou o papel do projeto Direitos Humanos em Pauta, como uma porta para a sociedade conhecer seus direitos, os deveres e ainda qual o real papel do Ministério Público na defesa do cidadão.
“O projeto desenvolvido pelo Ministério Público, através do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos, tem várias vertentes a serem exploradas. Todos os direitos e deveres de um cidadão podem ser abordados. Mostramos que um cidadão tem direito à saúde, à educação, por exemplo, mas que tem seus deveres também e devem cumpri-los. Essa é uma excelente oportunidade para eles conhecerem, o órgão ministerial e saber que estamos de portas abertas e sempre pronto para defendê-los”, declarou.
Durante as dinâmicas a Secretária de Educação de Paripueira, Gilvane Leôncio, afirmou que participando do projeto os alunos da rede pública de ensino do município têm a oportunidade de potencializar seu entendimento de como construir uma sociedade cidadã. “Somos uma cidade pequena, carente dessas iniciativas. Em nossa rotina de trabalho até passamos para eles ensinamentos sobre cidadania, certo ou errado. Entretanto, o Ministério Público chega com uma pedagogia certeira, que atinge em cheio esses alunos. É uma outra dinâmica. Garanto que eles saem daqui com uma outra visão de convivência em grupo”, expôs.
João cidadão, palestras e conversas
Durante a bertura, as promotoras de Justiça Marluce Falcão e Lídia Malta, também apresentaram aos alunos e professores o projeto João Cidadão. Idealizado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o projeto tem por objetivo construir um canal de comunicação eficiente, com linguagem dinâmica, bem-humorada e acessível para abordar os direitos e deveres do cidadão.
A iniciativa também conta com hotsite e cartilha destinados à apresentação do projeto e à difusão de conteúdo de utilidade pública. “Essa é uma excelente ferramenta que promove reflexões e ações que estimulam o reconhecimento e exercício dos direitos e deveres de cada pessoa em situações concretas. E o melhor, é que ao encerrar essa atividade, nós saímos daqui e o joão Cidadão fica, com ferramentas online ao alcance desses jovens”, afirmou.
A ação contou as presenças dos promotores de Justiça Marllison Andrade e Alexandra Beurlen, que comandaram as rodas de conversas com pais de adolescentes. Já as promotoras de Justiça Dalva Tenório e Hilza Paiva promoveram a oficina “Com Criança Não se Brinca”, para capacitar professores da rede pública de ensino para reconhecimento de sinais de abuso sexual em crianças.
Durante o evento também houve palestra da psicóloga Áurea Vasconcelos, que falou sobre o perigo do abuso do álcool, tabaco e outras drogas, e do Valdomiro Pontes, que explicou os perigos do bullying e do jogo virtual baleia Azul, ambos da SEPREV. O representante do batalhão Escolar da Polícia Militar de Alagoas, Aspirante Alex Acioli, fez uma pequena palestra sobre confiar nos policiais como guardiões dos diretos do cidadão.
O evento teve o apoio do comandante da 3ª Companhia da Polícia Militar, Major Paulo Eugênio, que disponibilizou policiais militares para integrarem a Blitz Cidadã, realizando um trabalho preventivo de segurança publica na defesa dos Direitos Humanos.
