A denúncia do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL) foi feita por meio da Promotoria de Justiça de Atalaia, cidade onde ocorreu a chacina em dezembro de 2013, vitimando quatro pessoas da mesma família. Com o júri desaforado para a capital, o promotor de Justiça, Antônio Vilas Boas, atuou na acusação de Francisco Aureliano dos Santos, conhecido como “paulista”, um dos executores, condenado a 75 anos, nove meses e 18 dias de prisão, em regime fechado.
A barbárie – registrada no Povoado Bittencourt, na Vila José Paulino – teria sido em função da disputa pelo domínio do tráfico de drogas entre o acusado e um presidiário identificado como Toni, que é filho, enteado e irmão das vítimas. Além de Francisco Aureliano, mais duas pessoas, identificadas como Ronaldo dos Santos Silva e Claudemir Araújo da Silva, foram apontadas como participantes diretas das execuções sendo as mesmas foragidas e com processo suspenso no momento.
Silvânia Barbosa Ferreira e Gilvânia Barbosa Ferreira, irmãs de Toni; Rozinete Gonzada dos Santos, a mãe; e Josivaldo Vieira da Silva, o padrasto, foram as vítimas periciadas. Francisco foi condenado pela prática de crime triplamente qualificado, além de porte ilegal de arma de fogo e maus tratos a animais silvestres.
“Diante de uma violência dessa dimensão, tínhamos convicção de que os jurados não tomariam decisão diferente. O Ministério Público cumpriu o seu papel, desta vez em busca da condenação de um assassino que, friamente, exterminou uma família inteira por motivo torpe. Para nós, mais uma vez a justiça foi feita”, afirma o promotor Vilas Boas.
O crime
Conforme os autos, a chacina ocorreu em retaliação a uma investida horas antes contra Francisco onde sua residência fora alvejada por vários disparos. Por acreditar ter sido alvo de pessoas ligadas ao Toni, o mesmo teria decidido se vingar matando seus familiares. Para isso, convidado Ronaldo dos Santos e Claudemir Araújo.