Com o Ministério Público do Estado de Alagoas na acusação, o réu Wellington dos Santos Silva, conhecido como “Popó”, foi condenado, nesta quarta-feira (16), a 27 anos, 11 meses e 27 dias de reclusão e dez dias de multa pelo homicídio qualificado por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima Ismael Ronildo Gomes da Silva e também por participação em organização criminosa.

O crime ocorreu no dia 17 de dezembro de 2013, na Avenida Juca Sampaio, no Jacintinho, em Maceió. Na ocasião em que a vítima passava por terreno baldio, o réu e mais quatro comparsas atingiram a Ismael com disparos de armas de fogo, levando-o a óbito.

Junto a Popó, estavam Cláudio Silvestre da Silva, vulgo “Sauhaçuy”; David Santos de Souza; Érico Santos Vieira da Silva, vulgo “Eric Oião”; e Erivaldo Santos Vieira da Silva, vulgo “Securinha”, os dois últimos já falecidos. Em virtude do desmembramento do processo, apenas o primeiro foi submetido ao Tribunal do Júri.

Segundo a acusação do MPE/AL, o homicídio praticado pela organização criminosa teria como motivo o suposto fato da vítima ser amigo de policiais.

Testemunha

Uma das testemunhas do caso é tio da vítima, que também foi atingido pelos disparos da organização criminosa na noite do crime. José Augusto dos Santos Lima afirmou em depoimento que, após cometerem o assassinato, os criminosos saíram exclamando “matamos o chumbeta de Polícia”.

“Relatou [a testemunha], ainda, que está sofrendo ameaças de morte, pelas pessoas de ‘Sauhaçuy’ e ‘David’. Reconheceu, inclusive, a pessoa de ‘Popó’, o qual se fez presente na audiência, como um dos autores do crime em tela”, relata a denúncia do Ministério Público Estadual, sustentada peplo promotor de Justiça Anderson Cláudio de Almeida Barbosa no julgamento.

O condenado iniciará o cumprimento da pena em regime fechado e não poderá recorrer em liberdade. “É que subsistem incólumes as razões que basearam a decretação da prisão preventiva e, em paralelo, a fuga do acusado torna imperiosa sua segregação para asseguramento da aplicação da lei penal”, justificou a juíza Lorena Carlos Santos Vasconcelos Sotto-Mayor.

A condenação de Wellington se deu na 7ª Vara Criminal da Capital, durante os trabalhos do Mês Nacional do Júri.