32 anos e 8 meses. Essa foi a sentença de condenação contra Judarley Leite de Oliveira, acusado de, ao lado do irmão, matar o modelo Eric Ferraz, numa festa de réveillon em 2012, no município de Viçosa, interior de Alagoas. Os jurados acataram a tese apresentada pelo Ministério Público e consideram o réu culpado pelo crime de homicídio duplamente qualificado.

Ele também foi condenado por tentativa de homicídio em relação a vítima Érica Ferreira da Silva, então namorada de Erik à época. Esse foi um caso de grande repercussão em Alagoas. Já em Rio Largo, Thallys Sena da Silva foi condenado a 15 anos de prisão pela morte de Wagner Oliveira Batista da Silva. A acusação também foi de homicídio duplamente qualificado. Os dois julgamentos fizeram parte do Mês Nacional do Tribunal do Júri.

No Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, em Maceió, foi a atuação do promotor de Justiça Antônio Vilas Boas que convenceu os jurados a condenarem Judarley Leite de Oliveira. O réu e o seu irmão, Jaysley Leite de Oliveira, assassinaram o modelo Eric Ferraz, na madrugada do dia 01 de janeiro de 2012, na Av. Firmino Maia, Centro de Viçosa. A vítima comemorava o réveillon ao lado da namorada, Érica Ferreira da Silva, quando os irmãos teriam iniciado uma confusão.

Durante o julgamento, o promotor de Justiça Antônio Vilas Boas e o assistente de acusação, advogado Raimundo Palmeira, sustentaram a acusação de homicídio com duas qualificadoras: motivo fútil e por meio de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e, durante mais de 10 horas de júri, conseguiram convencer o Conselho de Sentença de não havia cabimento para a tese apresentada pelos advogados do réu, que foi a de legítima defesa.

“Quem tenta se proteger de algo não se defende com a finalidade de punir o outro, mas sim, de prevenir que algo pior aconteça. E esse não foi o caso do Judarley. Ele teve atitudes inconsequentes, inclusive, a começar pelo fato de estar armado numa festa pública. Outro detalhe é que o seu advogado não nos mostrou, nos autos, onde existe qualquer informação de que o Eric levantou uma garrafa para agredi-lo. Os jurados viram que o Ministério Público estava correto e decidiu pela condenação do acusado. A justiça foi feita nesta noite”, declarou Vilas Boas.

O júri foi conduzido pelo magistrado John Silas da Silva, titular da 8ª Vara Criminal da Capital. Após aplicar a pena, o magistrado determinou ainda que o réu pague uma indenização civil, por danos morais, de R$ 20.000,00 à família de Eric Ferraz e de R$ 10.000,00 para a vítima sobrevivente.

“Não teremos o Eric de volta, mas, com essa condenação, ao menos os nossos corações serão um pouco acalentados”, desabafou Edglemes Santos, pai do modelo.

A defesa informou que vai pedir a anulação do julgamento.

Rio Largo

Já em Rio Largo, município da região metropolitana de Maceió, Thallys Sena da Silva foi condenado a 15 anos de prisão pela morte de Wagner Oliveira Batista da Silva. O crime, ocorrido em 16 de setembro de 2011, no Centro da cidade, fora praticado por ciúmes. “O réu foi informado que a sua namorada estava na lanchonete de propriedade da vítima, que já tinha se relacionado afetivamente com a mesma mulher. Tomado por um ciúme incontrolável, ele foi até o estabelecimento comercial e, quando o Wagner estava de costas, disparou cinco tiros contra ele, alguns na cabeça”, detalhou Wesley Fernandes, promotor do caso.

A tese apresentada pelo Ministério Público foi a de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e sem chances de defesa para a vítima. Após todas as argumentações feitas por acusação e defesa, os jurados consideraram o réu culpado. Thallys Sena da Silva foi condenado a uma pena de 16 anos. da região metropolitana de Maceió, Thallys Sena da Silva foi condenado a 15 anos de prisão pela morte de Wagner Oliveira Batista da Silva. O crime, ocorrido em 16 de setembro de 2011, no Centro da cidade, fora praticado por ciúmes. “O réu foi informado que a sua namorada estava na lanchonete de propriedade da vítima, que já tinha se relacionado afetivamente com a mesma mulher. Tomado por um ciúme incontrolável, ele foi até o estabelecimento comercial e, quando o Wagner estava de costas, disparou cinco tiros contra ele, alguns na cabeça”, detalhou Wesley Fernandes, promotor do caso.

E essa não foi a primeira condenação dele. Thallys já cumpria pena de 92 anos de prisão por envolvimento em uma chacina, ocorrida também em Rio Largo.

Os dois julgamentos desta quarta-feira (09) fazem parte do Mês Nacional do Tribunal do Júri. Ao todo, 37 promotores de Justiça, na capital e no interior, estão envolvidos nesse trabalho.