Homicídio triplamente qualificado: esta foi a tese de acusação feita pelo Ministério Púbico do Estado de Alagoas e acatada pelos jurados, nesta terça-feira (13), durante mais um julgamento ocorrido em Maceió. Desta vez, foram condenados os réus Luan Martins de Lima, Leandro Martins de Farias Lima e Wenderson José da Silva pela morte por tiro e esquartejamento de José Lailton Gomes da Silva.
O júri, cujo crime ocorreu 2013 no município de Satuba, mas foi desaforado para Maceió em razão da periculosidade dos réus, teve atuação da promotora de Justiça Adilza Inácio de Freitas, da 42a Promotoria de Justiça da capital.
Segundo ela, os três acusados assassinaram a vítima sem lhe dar qualquer chance de se defender: “O Ministério Público atua na defesa da vida, buscando transformar a dor da família enlutada em luta constante por justiça. A condenação dos culpados ameniza o luto da mãe da vítima, que carrega o filho vivo em seu coração e lembranças. É importante destacarmos que estamos falando de um homicídio executado também com uso de arma branca, o que externa o lado mais obscuro de quem o executa, porque ele pode parar a ação e não para, mesmo com os gritos de desesperos. Então, diante de tudo isso, a tese do MP foi acatada na sua integralidade. Todos eles foram condenados por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, já que foi uma vingança, por meio cruel, uma vez que foi praticado um esquartejamento, e com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Foi um homicídio terrível. Para se ter uma ideia do que resultou tamanha crueldade, a mãe do Lailton teve que fazer dois enterros em razão do corpo ter sido todo esquartejado”, detalhou Adilza Inácio de Freitas.
Ainda segundo a promotora de Justiça, parte dos restos mortais da vítima foi encontrada dentro de uma mala, num terreno atrás da delegacia de Satuba, enquanto o tronco foi localizado num saco plástico, na mesma região.
Após a sustenção oral do MPAL, os jurados decidiram por condenar Luan Martins de Lima e Leandro Martins de Farias Lima a 29 anos e oito meses de prisão e Wenderson José da Silva a 20 anos e um mês por homicídio triplamente qualificado e associação criminosa armada. Eles também tiveram as prisões preventivas decretadas e já saíram do fórum direto para o sistema penitenciário.