Recepcionar os 14 novos juízes alagoanos e apresentar o Ministério Público de Alagoas (MPAL), sua estrutura, atuação e credibilidade em defesa da sociedade foi a primeira agenda do procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, na manhã desta terça-feira (10). O chefe ministerial esteve acompanhado do corregedor-geral de Justiça, Maurício Pitta, dos procuradores de Justiça Sérgio Jucá e Kícia Cabral, e do presidente da Ampal, promotor de Justiça Roberto Salomão. A visita ao MP faz parte do currículo do curso de formação dos magistrados.

O chefe ministerial mostrou-se envaidecido em poder compartilhar com os representantes do Poder Judiciário a memória da instituição, para ele, entre tantos afazeres, algo fundamental.

“É uma honra receber o grupo de novos magistrados e poder familiarizá-lo com as memórias institucionais, aqui eternizadas, ainda mais sendo a visita contribuinte para o curso de formação. Esse cantinho, singelo no tamanho, tem um valor extraordinário pois guarda consigo imagens e objetos que esmiúçam os passos do nosso Ministério Público revelando as marcas deixadas por seus membros e servidores. Tudo vai ficando aqui, cuidado com muito respeito e carinho, e não há nada melhor do que dividir nossa história com as pessoas, abrir as portas e mostrar parte do que já foi escrito. Aproveito para agradecer a visita e disposição de cada um para conhecer nosso acervo”, declara.

Márcio Roberto parabenizou a todos se dizendo convicto de que prestarão serviços relevantes no estado de Alagoas.

“Dou-lhes, em nome do Ministério Público, as boas-novas, consciente de que estão prontos, sobremaneira preparados para atuar. Não me restam dúvidas de que prestarão jurisdição de excelência à sociedade alagoana”, enfatiza o procurador-geral.

O coordenador de cursos para magistrados, André Luís Parízio, falou como representante do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL).

“O propósito da visita é para que os novos juízes conheçam a estrutura do Ministério Público, que é um órgão importante com o qual lidarão no dia a dia, no exercício da jurisdição, possam entender como funciona, quais são as dificuldades, observar no que o Poder Judiciário pode ajudar, colocar-se à disposição para que haja uma junção de forças entre o Poder Judiciário e o Ministério Público , princialmente quando forem às comarcas”, afirma Parízio.

O corregedor-geral, Maurício Pita, dirigiu-se aos juízes fazendo uma retrospectiva do seu ingresso como promotor de Justiça no MPAL elencando alguns obstáculos e enfatizando a importância de serem simples e acolhedores.

A partir de agora, vocês são servidores públicos , servem à sociedade. Os senhores dignificarão a toga. No interior encontrarão pessoas muito simples, quanto melhor o atendimento, melhor o êxito. Conosco não existe uma disputa, mas uma união para oferecer o melhor a quem nos paga”, afirma o corregedor-geral, complementando que é essencial a parceria entre os órgãos. .

A procuradora Kícia Cabral também parabenizou os visitantes por adentrarem na magistratura e lembrou do seu pai, desembargador Hélio Cabal, que atuou por quase 40 anos, também deixou marcas no Ministério Público de Alagoas.

Tanto o Ministério Público quanto a magistratura é um sacerdócio. Não viemos para enriquecer, somos funcionários públicos e estamos para servir o povo. Meu pai sempre dizia, seja humilde, correta, cumpra com suas obrigações. É preciso que reflitam muito, lidarão com cidadãos que saião a pé de povoados singelos e baterão à porta de vocês, muitas vezes a pé, em busca de acolhimento”.

O procurador-geral de Justiça, por fim, colocou-se à disposição dos novos juízes, asseverando que as portas do seu gabinete estarão sempre de portas abertas para recebê-los.

Memorial

Outra parte da história do Ministério Público de Alagoas foi conhecida no memorial Desembargador Hélio Cabral, co a explanação da servidora Gisela Pfau. Ela apresentou, com riqueza de detalhes, cada peça contida no acervo do museu.

O memorial tem como curadora a procuradora de Justiça Kícia Cabral, foi instituído pela Resolução nº 004/99, de 07 de outubro de 1999, da Procuradoria-Geral de Justiça do Estado de Alagoas, com a finalidade de se fazer levantamento histórico do Ministério Público de Alagoas, formar acervo permanente para preservar sua memória, além de estimular e inter-relacionar atividades de instituições culturais no resgate da mesma e também estimular a consciência social para a pesquisa, conservação e restauração do patrimônio institucional.

Os interessados em conhecer o acervo que detalha a história do Ministério Público Estadual podem entrar em contato pelo telefone (82) 2122-3506 e agendar a visita. O horário de funcionamento é de 7h30 às 13h30, de segunda à sexta.