O Ministério Público está realizando pesquisa para conhecer a realidade de Alagoas no que se refere às boas práticas em saúde da mulher. A iniciativa faz parte do projeto “A Boa Hora: Prevenção da Violência Obstétrica”, que busca promover melhorias nos serviços prestados às gestantes e parturientes. O questionário pode ser respondido até o dia 26 de março através deste link: clique aqui.
O questionário é curto, com sete perguntas, e tem como objetivo levantar dados sobre o panorama geral da violência obstétrica em Alagoas. Além de perguntas sobre o nível de conhecimento da população sobre a temática, o questionário também trata outros assuntos relacionados à gestação, como plano de parto e acessibilidade.
“Esse questionário tem a finalidade de colher o maior número de informações sobre a violência obstétrica e também divulgar essa forma de violência para que as mulheres possam estar informadas e, assim, buscar junto às autoridades a reparação de danos e também coibir algum tipo de ilegalidade. A ideia é difundir a informação e colher dados”, explica a promotora de Justiça Lídia Malta.
Além de subsidiar as ações do projeto realizado pelo Ministério Público, a promotora informou que os dados serão apresentados no dia 27 de março durante audiência pública que será realizada na Câmara Municipal de Maceió.
Projeto
O projeto “A Boa Hora: Prevenção da Violência Obstétrica” busca sensibilizar gestantes e parturientes alagoanas sobre o que vem a ser a violência obstétrica e, dessa formar, instrumentalizar essas mulheres para que elas possam adotar as medidas necessárias tanto na prevenção como na busca por reparação, nos casos em que a violência tiver ocorrido.
A violência obstétrica é um tipo de violência contra a mulher cometida por profissionais da saúde. De acordo com o Governo Federal, ela pode ocorrer durante a gestação, no parto e no pós-parto. A violência pode ser verbal, física e sexual. A adoção de procedimentos desnecessários ou sem evidências científicas por parte dos profissionais da saúde também se configura como violação aos direitos da mulher.
A violência obstétrica é uma realidade no país, atingindo cerca de 25% das gestantes e parturientes brasileiras, de acordo com a pesquisa “Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Público e Privado”, realizada pela Fundação Perseu Abramo.