“Assédio Não” agora é lema oficial do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) que traça estratégias para conscientizar membros e servidores de que respeito e dignidade são direitos de todos. Com cronograma para ser difundido em todas as unidades da capital e do interior, o próximo passo será uma roda de conversa que acontecerá no próximo dia 24 de março, a partir das 9h, no auditório da sede das Promotorias de Justiça, no bairro do Barro Duro, em Maceió, onde serão debatidos os tipos de enfrentamento e os males causados com o cometimento desse crime. Na ocasião, o procurador do Trabalho em Alagoas e presidente da Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, Sexual e da Discriminação do MPT em Alagoas membro da Comissão em Assédio Moral, Dr. Rodrigo Alencar, e a Drª em Sociologia, professora Elaine Pimentel (UFAL) ministrarão palestras.
O diretor da ESMP, procurador de Justiça Walber Valente, aposta na eficiência da campanha como inibidora de atos repudiáveis gerados pelas formas de assédio dentro de qualquer instituição.
“Com a campanha queremos mostrar que o nosso Ministério Público não compactua com qualquer ato que seja considerado ofensa, possa constranger ou afetar psicologicamente as pessoas que tanto se doam e trabalham dentro da instituição. É preciso saber diferenciar hierarquia de abuso de autoridade, de falta de respeito, somos um órgão fiscalizador, vivemos para combater crimes e ilícitos lá fora e não podemos admitir , sequer, a possibilidade de esse crime existir”, enfatiza o procurador.
A professora Elaine Pimentel se manifesta ressaltando a importância de uma ação preventiva nos ambientes de trabalho.
“É muito importante discutir assédio moral e sexual nos espaços de trabalho, diante do silêncio que ronda as experiências de vitimização. Nenhuma instituição está livre dessa prática violenta, que compromete a vida profissional e a vida pessoal das pessoas que sofrem assédio, comprometendo, também, a própria qualidade do trabalho ofertado à sociedade. Parabenizo o Ministério Público Estadual de Alagoas pela iniciativa, que representa um cuidado com servidoras e servidores, que precisam do respaldo institucional para que práticas preventivas e de responsabilização estejam estruturadas no cotidiano institucional”, afirma Elaine Pimentel..
Já o procurador do MPF, Rodrigo Alencar, alerta sobre os malefícios que o assédio causa aos fatores psicoemocionais comprometendo o rendimento na vida pessoal e no trabalho.
“O assédio moral põe em risco o meio ambiente do trabalho como um todo, uma vez que atente contra a saúde física e psíquica de todos os trabalhadores. Também acarreta danos para o Estado, especialmente no campo previdenciário e na saúde pública. Enfim, é tema de interesse de todos, sem distinção.
Sendo assim, são imprescindíveis o estudo, o debate, o enfrentamento e a prevenção do assédio moral”, declara Alencar.