O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), por meio da 62ª Promotoria de Justiça da Capital, do Controle Externo da Atividade Policial, esteve, nessa quarta-feira (19), na Academia da Polícia Militar, no bairro do Trapiche, momento para conversar com os novos alunos do Curso de Formação de Praças (CFAP). O intuito foi orientar às futuras integrantes da corporação, 20% do contingente, em relação aos possíveis assédios moral e sexual e formas de denúncia.
A promotora de Justiça Karla Padilha, titular da mencionada Promotoria, fala sobre o encontro com os futuros praças.
“Essa conversa do Ministério Público foi no sentido de chamar a atenção das mulheres que acabam de ingressar na carreira para que não silenciem caso sejam vítimas de episódios de assédio moral e sexual dentro da sua corporação. Isso vem ao encontro das ações dentro do projeto ‘mulheres em segurança: assédio não’ desenvolvido pela promotoria de controle externo com a Universidade Federal de Alagoas, criado em 2021 e o objetivo maior será a conscientização desse público-alvo, em relação a essas práticas de assédio em todas as instituições da segurança, iniciando por esses cursos de formação”, explica a promotora.
Campanha
A campanha “Mulheres em segurança: assédio não” é de autoria da Promotoria de Justiça de Controle Externo da Atividade Policial e recebeu apoio da Universidade Federal do Estado de Alagoas (UFAL), por meio da Faculdade de Direito de Alagoas (FDA).
O projeto teve início após uma pesquisa em todas as instituições ligadas à Segurança Pública : Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, e Polícia Científica, bem como se estende à Polícia Penal que integra a Secretaria de Estado de Ressocialização e Inserção Social (Seris).
“A pesquisa nos deu um panorama com elevados índices de assédio em que figuram como vítimas as mulheres integrantes das unidades da segurança pública. Por isso a importância do projeto e de reiterar esses fatos para cada novo grupo de policiais que iniciam suas atividades”, diz Padilha.
A promotora, na ocasião, entregou panfletos para que fossem afixados nas portas das salas onde estiverem em aula, ou acomodados, para que os futuros policiais tenham noção das práticas mais comuns ou recorrentes que podem configurar assédio moral e sexual e se encorajem a denunciar.
Fotos: Anderson Macena
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