No último fim de semana, o projeto “Poluição Sonora É Crime” esteve no Município de Rio Largo para averiguar denúncias de perturbação do sossego. Ao todo, foram realizadas 10 autuações, com apreensões em bares e residências, além de sons automotivos. A operação começou no sábado, 13 de maio, e seguiu até a madrugada do dia seguinte.

O promotor de Justiça Marcus Vinicius Batista Rodrigues Junior, da 4ª Promotoria de Rio Largo, disse que a operação foi motivada após diálogo com o 8º Batalhão de Polícia Militar. Ele explica que, para atender ao grande número de denúncias de perturbação do sossego, a PM acaba deixando em segundo plano demandas mais urgentes.

“O capitão Fonseca informou que as ocorrências de perturbação do sossego estavam altas. Isso estava atrapalhando o policiamento ostensivo na repressão de crimes considerados mais graves, como violência doméstica, ocorrências de homicídio, entre outros. Sem contar que a perturbação do sossego pode camuflar outros delitos”, comenta Rodrigues.

O coordenador do projeto, promotor de Justiça José Antônio Malta, explica que a iniciativa busca proteger a sociedade da ação abusiva de pessoas que desrespeitam o limite máximo de emissão de som. O promotor relembra que as atividades do projeto voltaram em janeiro deste ano após várias solicitações dos cidadãos alagoanos.

“O saldo da operação desse fim de semana foi positivo. Tivemos muitas ocorrências envolvendo sons automotivos. Em Rio Largo, contamos com a parceria da Polícia Militar para realizar as autuações. O projeto tinha sido suspenso durante a Pandemia e, agora, estamos retomando as atividades para atender os anseios da população”, relata Malta.