O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), por meio da Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, com o instituto S.O.S Caatinga e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), lançaram, na última sexta-feira (18), em São José da Tapera, o Plano de Ação Estadual de Conservação do Macaco-Prego-Galego. O encontro teve apoio do Poder Executivo local e contou com a presença de órgãos com atividades voltadas ao meio ambiente.

O propósito do plano é proteger a espécie com risco de extinção e que, no Brasil, tem como habitat os estados do Nordeste.

“Foi formado um grupo de trabalho, o Ministério Público tem participação direta junto a UFPE e ao S.O.S caatinga e a ideia é impedir que a espécie, cientificamente conhecida como sapajus flavius, desapareça, já que comprovadamente se encontra em situação de perigo. Hoje foi o primeiro encontro e o lançamento do plano estadual de ação para a sua conservação e acreditamos que possamos contar com o apoio de outros órgãos, mas também da sociedade para que logremos êxito”, declara o promotor de Justiça Alberto Fonseca.

A existência da espécie na Caatinga alagoana ocorreu durante Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do São Francisco e, para garantir que o macaco-prego-galego seja preservado, o MPAL mediou a assinatura de um acordo de cooperação entre o S.O.S Caatinga e a UFPE .

“A descoberta da espécie se deu durante a FPI, que sempre participamos, inclusive detectamos um animal em cativeiro. Diante disso, achamos que era nossa obrigação encontrar uma forma de protegê-lo e buscamos parcerias para esse plano de ação que será de grande importância. Com esse plano, Alagoas se tornará pioneiro na proteção e conservação da espécie em todo Brasil ”, disse o presidente do S.O.S Caatinga, Marcos Antônio Bezerra.

A coordenadora do grupo de pesquisas da UFPE, Bruna Bezerra, apresentou o macaco-prego-galego aos participantes, esmiuçando toda a sua trajetória.

“É uma espécie que já tem uma longa história, inclusive temos registros deles em telas bem antigas . O macaco-prego-galego está por aqui muito antes do descobrimento do Brasil. Ele foi tido como extinto por quase 200 anos e já foi tido como espécie em perigo pela pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) , a união de forças, no momento, é para que possamos fazer um mapeamento criterioso e garantirmos sua conservação.

Fotos: Claudemir Mota