O procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, recebeu, na manhã desta sexta-feira (17), o superintendente da Agência Brasileira de Inteligência em Alagoas, Eduardo Rocha, e o superintendente adjunto, Lucas Rodrigues. No encontro, os representantes da Abin entregaram à chefia do Ministério Público do Estado de Alagoas o “Guia para prevenção de ataques extremistas violentos em escolas”, documento produzido por aquela instituição com o objetivo de orientar e auxiliar autoridades sobre prevenção a esse tipo de crime.

“Trata-se de um documento importante e norteador para a nossa atuação, uma vez que o guia traz ferramentas para auxiliar os promotores de Justiça na detecção antecipada de casos dessa natureza penal. Vamos replicá-lo para todos os nossos membros com atuação nos 102 municípios alagoanos”, afirmou Márcio Roberto Tenório de Albuquerque.

Segundo o superintendente Eduardo Rocha, o guia foi produzido a partir de troca de experiências entre os analistas de inteligência da Abin e especialistas da mesma área de vários outros países e tem, também, a contribuição da comunidade acadêmica: “A ideia é municiar os poderes públicos de todos os estados da federação de um arcabouço teórico, de modo a ajudar o aparato estatal no combate aos ataques terroristas nas escolas que têm, infelizmente, agravado-se no Brasil. Aqui em Alagoas, estamos visitando o Ministério Púbico, o Judiciário, a Secretaria de Segurança Pública, as Secretarias Municipal e Estadual de Educação para que esses órgãos possam criar e fomentar políticas públicas de melhor qualidade para esse tipo de enfrentamento”, declarou.

O superintendente adjunto, Lucas Rodrigues, esclareceu que esse fenômeno é classificado como “extremismo violento ideologicamente motivado” (EVIM). “O guia traz detalhes sobre ataques ocorridos no Brasil e no exterior e faz uma explanação sobre o perfil dos autores desses crimes, relatando como ocorrem, por exemplo, os processos de radicalização à ideologias extremistas”, explicou ele.

Ainda segundo a Agência Brasileira de Inteligência, o guia, que contém 40 páginas, pretende auxiliar a detecção antecipada de casos do tipo pelas forças de segurança estaduais, como as polícias. O documento, confeccionado no primeiro semestre deste ano, é restrito e físico, ou seja, só pode ser acessado pelas autoridades que o recebem em mãos.

Fotos: Anderson Macena.