O Ministério Público de Alagoas realizou reunião nesta terça-feira (19) para tratar sobre uma situação envolvendo a Equatorial e marisqueiras que moram no conjunto Cidade Sorriso I, parte alta de Maceió: é que a tarifa de energia do mês de outubro deste ano veio mais alta que o esperado e alguns consumidores receberam aviso de corte no fornecimento. “A situação é ainda mais grave pois sabemos que as marisqueiras não podem exercer o seu trabalho por conta da subsidência da Mina 18 e, segundo elas, a Equatorial emitiu um aviso de corte. Além da conta vir alta, elas não estão podendo exercer sua atividade econômica. Por isso marcamos essa reunião hoje com a Equatorial para que ela pudesse se explicar”, explicou o promotor de Justiça Max Martins. Encaminhamentos Ao final da reunião, ficou estipulado o prazo de 10 dias para outros moradores do conjunto que se sentiram lesados pela Equatorial enviarem ao MP a documentação comprovando o aumento indevido nas contas para que essas pessoas sejam incluídas na notícia de fato e, dessa forma, o assunto seja tratado de forma única. Com esses documentos em mãos, o Ministério Público vai buscar uma solução junto à Equatorial para que os consumidores não sejam prejudicados, informou o promotor de Justiça Max Martins, que está à frente da Promotoria do Consumidor da Capital. Durante a reunião, a Equatorial também se comprometeu a suspender as cobranças do mês de outubro até que a situação seja investigada. Com isso, os moradores não terão a sua energia cortada e nem terão seus nomes negativados por conta do não pagamento. Uma das possibilidades para o aumento da tarifa seria a mudança nas datas de leitura. Com isso, alguns consumidores tiveram as suas tarifas com 40 dias de faturação, o que teria mudado a faixa de consumo, afetando principalmente pessoas beneficiadas com a tarifa social. Mas a situação ainda precisa ser apurada, destacou o promotor de Justiça. A ata da audiência de hoje será encaminhada para o Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos do MPAL. Imagens: Claudemir Mota