Com o objetivo de discutir políticas públicas voltadas à população em situação de rua, o Ministério Público de Alagoas participou nesta quinta-feira (1º) de reunião ampliada, que contou com a presença de outras entidades públicas. Na ocasião, os presentes trataram sobre as dificuldades no acesso a serviços básicos por parte dessa parcela da população.
“Esse foi um momento importante para sentarmos e ouvirmos a população em situação de rua, bem como os órgãos públicos e os conselhos, para buscarmos uma solução, pois, sozinhos, não conseguimos realizar nada. É preciso um trabalho multidisciplinar e transversal com todas as instituições e entidades envolvidas com a temática”, destacou a promotora de Justiça Karla Padilha.
Segundo o coordenador do Movimento Nacional da População de Rua, Rafael Machado, é preciso que o poder público trabalhe para melhorar os serviços ofertados, principalmente o CAPS AD de Maceió, que é o centro de atenção psicossocial a usuários de álcool e drogas. Para isso, ele acredita que o Conselho Municipal de Assistência Social precisa ser mais atuante na gestão de políticas públicas.
“Não dá para manter as políticas públicas como estão. Os serviços são insuficientes, sem qualidade e sem dignidade. O CAPS, desde a pandemia, não vem funcionando como deveria. É um serviço fundamental para a população de rua, mas só está realizando entrega de alimento e atendimento médico. Isso é insuficiente”, afirmou.
Participaram da reunião os promotores de Justiça Flávio Costa, Jamyl Barbosa e Karla Padilha, membros de força-tarefa criada em janeiro de 2024 pelo procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, para apurar violência e crimes contra a população em situação de rua e pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade.
Confira, no vídeo, mais informações sobre a força-tarefa: