Entre autoridades, representando o Ministério Público de Alagoas (MPAL), a promotora de Justiça Karla Padilha, a convite do deputado Ronaldo Medeiros, participou, na manhã desta sexta-feira (17), de uma sessão pública na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), cujo tema foi “Mês de combate a LGBTfobia”. Ao final, a membro ministerial foi homenageada pelo Grupo Gay de Maceió com o chapéu Guerreiros de Alagoas.
Em sua fala, Karla Padilha enfatizou o trabalho do Ministério Público, através da Promotoria de Justiça de Direitos Humanos, no combate à LGBTfobia.
“O MP busca atuar na causa LGBTQIA+ antes de chegar ao crime, pois quando o direito penal incide é porque todos os outros falharam. Porque tudo o que deveria ser feito em relação à prevenção, de proibição ao retrocesso, bem como as políticas públicas deixaram de acontecer. O Estado, o Município e União deixaram de assegurar a esta população que diariamente sofre todas as formas de preconceitos”.
Ela também falou com indignação sobre os índices de violência contra esse público.
“Em dias atuais é muito triste identificarmos, ao menos uma vez no mês, crimes que vitimam integrantes dessa população. É claro que os resultados a serem obtidos na perspectiva de implementação de efeitos práticos não é uma visão simples, é tudo muito complexo”, declara.
Sobre direitos, Karla Padilha fala sobre o acesso da população LGBTQIA+ a direitos básicos, como o de possuir documentos pessoais, necessários ao exercício da cidadania. Além disso o acesso à Educação, à saúde , à dignidade humana.
O combate à LGBTfobia, segundo a promotora, perpassa pela necessidade de respeito às diferenças.
“A palavra respeito resume tudo o que precisamos. Que é respeitar e conceder ao outro o direito de ser feliz, de como quer viver da forma que desejar, exercer livremente suas relações afetivas, pessoais, familiares e profissionais. Pois ninguém tem o direito de ser feliz à custa da infelicidade do outro”.
E recitou parte de uma poesia da poetisa e militante Isis Florescer.
“Precisamos identificar a beleza da diversidade, que mundo chato seria se todos fôssemos iguais”.
A promotora finalizou lembrando a música de Milton Nascimento: qualquer maneira de amor vale a pena. Qualquer maneira de amor valerá, por isso vamos amar e respeitar”.