A policial militar do Estado de São Paulo Waldirene Araújo da Silva e o irmão dela, Salustiano Araújo da Silva, vão novamente a júri popular, nesta sexta-feira (23), pelo assassinato do proprietário rural Antônio Castro de Araújo, que era tio dos réus. O crime ocorreu no município de Tanque d’Arca, em 7 de março de 2013, e os dois foram condenados a mais de 41 anos de prisão após o Ministério Público do Estado de Alagoas acusá-los de homicídio triplamente qualificado. No entanto, como o júri foi anulado, Waldirene e Salustiano novamente serão submetidos a julgamento, e o promotor de Justiça Edelzito Andrade vai imputá-los o homicídio por motivos torpe e meio cruel e sem chance de defesa da vítima.
De acordo com Edelzito Andrade, Antônio Castro de Araújo foi morto após uma discussão ocorrida com os sobrinhos, que queriam reaver uma terra vendida pela mãe deles, portanto, irmã de Antônio, que havia se arrependido do negócio fechado. A disputa pela terra foi parar na justiça e, antes mesmo da decisão judicial, Waldirene e Salustiano foram a procura do tio para que ele devolvesse a propriedade. A discussão ganhou maiores proporções e a confusão terminou com Antônio sendo assassinado com vários golpes de faca e pauladas.
Em 8 de novembro de 2017, os irmãos foram condenados pelo conselho de sentença. Salustiano Araújo da Silva foi submetido a uma pena de 22 anos e 6 meses de prisão. Já Waldirene Araújo da Silva recebeu a sentença de 19 anos, 5 meses e 14 dias de prisão. O júri ocorreu na cidade de Anadia, cuja comarca abrange também o município de Tanque d’Arca.
No entanto, em outubro de 2018, o Poder Judiciário, ao analisar um recurso interposto pelos réus, reverteu a decisão de 1º grau, e anulou o julgamento, transferindo o foro do novo júri para a capital Maceió.
Novo julgamento
Amanhã, a partir das 8h30, o promotor de Justiça Edelzito Andrade vai representar o Ministério Público no papel da acusação. Ele vai acusar Waldirene Araújo da Silva e Salustiano Araújo da Silva pelo crime de homicídio, com as qualificadoras de motivos torpe e cruel e sem chance de defesa da vítima.
O júri acontecerá no salão da 8ª Vara Criminal da capital, localizada no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro.