Para tratar sobre a gestão do Canal do Sertão, o Ministério Público de Alagoas reuniu-se com órgãos públicos e sociedade civil nesta sexta-feira (21). De acordo com a promotora de Justiça Lavínia Fragoso, esses diálogos têm como proposta definir o papel de cada entidade para que o trabalho de administração do canal aconteça de forma coordenada.
“É desafiante esse trabalho que fazemos pois envolve diversos entes governamentais e não governamentais. Mas já houve grande avanço desde outubro do ano passado, quando o governador emitiu um decreto determinando que a gestão do Canal do Sertão passará a ser uma atribuição da Casal a partir de janeiro de 2025”, explicou a promotora de Justiça.
De acordo com a vice-presidente de Operações da Casal, Laura Petri, um dos pontos discutidos na reunião de hoje foi a necessidade de cadastramento das tubulações que dão acesso às águas do canal. Apesar de a Casal ter identificado 1.529 tubulações, apenas 130 pessoas procuraram a empresa para realizar o cadastramento devido.
“Isso precisa ser aprimorado, pois a nossa ideia com esses cadastros é conhecer o produtor rural, traçar um perfil e, a partir daí, realizar o processo de precificação para que possamos cobrar uma tarifa mais justa, dentro da realidade desse produtor. Esse é um ponto que precisamos aperfeiçoar e, assim, possamos dialogar com esse produtor”, pontuou a vice-presidente.
Para a assessora da Secretaria de Estado do Governo (Segov), Caroline Monteiro, essa articulação entre os atores envolvidos na gestão do canal é importante, pois possibilita que as decisões tomadas contemplem as necessidades de todos, principalmente no que se refere aos produtores rurais.
“A Agecsa trouxe pontos importantes para que a gente possa ter um trabalho mais alinhado às necessidades dos produtores, e assim, desenvolva ações que fortaleçam o campo. O foco do Governo é esse: não apenas trazer água pelo Canal do Sertão, mas desenvolver o Estado. Se a gente desenvolve os produtores, está também desenvolvendo o estado”, finalizou.