Atuação do Ministério Público de Alagoas resultou na condenação do ex-policial militar Samuel da Silva a 38 anos e seis meses de reclusão por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, bem como por duas tentativas de homicídio.

De acordo com a promotora de Justiça Adilza de Freitas, apesar de a tese apresentada pelo MPAL ter sido acolhida pelo Conselho de Sentença na sua integralidade, a sentença não foi satisfatória, tendo em vista que o réu, mesmo condenado, poderá recorrer em liberdade.

Ela inclusive adiantou que o Ministério Público deverá recorrer quanto à não ocorrência da prisão imediatamente à condenação, destacando que a decisão vai contra o veridicto dos jurados e, consequentemente, contra os interesses da população.

“Foram 12 anos de espera por um julgamento e, agora, a família terá que esperar ainda mais tempo até o exaurimento dos inúmeros recursos que existem à disposição de quem mata. Para família da vítima, só haverá justiça quando o assassino iniciar o cumprimento de sua pena de prisão”, afirmou a promotora de Justiça.

Relembre

O crime ocorreu em fevereiro de 2012 no centro da cidade de Murici durante os festejos de carnaval, quando Samuel da Silva Souza disparou contra Marcelo Araújo de Souza, Marconi da Silva e Bruno Macena da Silva, tirando a vida deste último.

O julgamento sofreu desaforamento de Murici, sendo realizado em Maceió para não comprometer a imparcialidade do julgamento dos jurados.