O Ministério Público de Alagoas se tornou uma sala de aula nesta quarta-feira (21). Alunos do 9º ano da Escola Estadual Dom Otávio Barbosa Aguiar, que funciona no bairro Benedito Bentes, estiveram na sede do MPAL, onde puderam conhecer um pouco mais sobre a história da instituição durante visita realizada ao Memorial Desembargador Hélio Cabral. Ao todo, 43 estudantes participaram da atividade.

Eles também assistiram a uma palestra sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), proferida pela promotora de Justiça Marília Cerqueira. No encontro, ela falou sobre os direitos assegurados ao público infantojuvenil pela legislação, destacando o princípio da proteção integral.

“Eu busquei, hoje, plantar uma sementinha. Conversei sobre os direitos que são garantidos a eles. Mas também falei que existem deveres. Eles precisam ter consciência que são sujeitos de direitos, mas também têm deveres a cumprir. Isso é a regra básica para que possamos viver em sociedade”, declarou a promotora de Justiça Marília.

A escola vai ao Ministério Público

A atividade faz parte do projeto “A Escola Vai ao MP e ao Memorial”, idealizado em 2002 pela procuradora de Justiça Kícia Cabral. Ela explica que a iniciativa tem como objetivo aproximar o Ministério Público de Alagoas dos cidadãos. Para isso, são promovidas visitas ao Memorial da instituição, bem como a realização de palestras com promotores de Justiça sobre temas relacionados à infância e juventude.

“O projeto foi iniciado em 2002, na primeira gestão do procurador de Justiça Lean Araújo como PGJ. Por meio da iniciativa, trazemos crianças e adolescentes ao Memorial para que eles conheçam a história do Ministério Público. Eles também assistem a palestras com promotores. Hoje, tivemos uma fala sobre o ECA proferida pela promotora Marília Cerqueira, que tem uma bela atuação na área da Infância”, explicou a procuradora Kícia.

Um exercício de cidadania

O estudante João Paulo dos Santos Pinheiro aprovou a visita ao Ministério Público, destacando a importância da palestra sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. “Muitos aqui não conheciam sobre seus direitos. Hoje, aprendi que, se alguém disser que não tenho direitos por ser adolescente, posso dizer que meus direitos estão no ECA”, afirmou o jovem.

A experiência também foi proveitosa para a estudante Nycole Ketllyn dos Santos Vieira. Durante a visita ao Memorial, o que mais chamou a sua atenção foi poder conhecer, de perto, artefatos que fazem parte da história do MPAL, a exemplo de uma máquina de datilografia que está em exposição. “Achei muito legal essa experiência. Nunca imaginei, um dia, estar no Ministério Público. Foi uma visita memorável”, disse a estudante.

Para o professor Israel Nicolau da Silva, o Ministério Público de Alagoas está de parabéns pela iniciativa. “Aqui estiveram alunos da rede pública que, muitas vezes, não têm acesso às informações que foram proferidas hoje. Achei interessante o Ministério Público ter essa iniciativa de trazer alunos da periferia para conhecer os seus direitos enquanto cidadãos”, finalizou.