O Ministério Público de Alagoas participou, nessa sexta (23), no Maceió Shopping, de uma roda de conversa promovida pela Secretaria Estadual de Saúde ( Sesau) e o Comitê Estadual de Prevenção e Posvenção do Suicídio de Alagoas (Ceppsal). A promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo da Saúde da instituição, Micheline Tenório, participou do evento que contou com demais autoridades envolvidas com a causa, a exemplo da médica Delza Gitaí.
Micheline Tenório, falou obre políticas públicas, a necessidade da sociedade se incorporar à prevenção do suicídio.
“É necessário que a gente enxergue o próximo, é necessário que a gente enxergue a criança, o idoso que está em casa, que é uma questão de gestão, mas é uma questão de responsabilidade social, responsabilidade pessoal, mas responsabilidade social, tanto de cada cidadão, quanto dos gestores necessários para que tenham políticas públicas efetivas para a preservação da vida, para que a gente possa diminuir esse índice crescente de suicídio, tanto em crianças e adolescentes, quanto”, enfatizou.
O evento é um ensaio das ações que ocorrerão durante todo o mês de setembro onde serão reforçados todos os alertas que possam culminar em alertas e/ou conscientização em relação a um assunto cujas estatísticas ainda assustam. A união de órgãos, entidades é para justamente orientar a sociedade sobre como observar o comportamento de familiares, amigos e a forma correta de abordar e ajudar.
O Ministério Público de Alagoas prepara sua campanha e no decorrer de setembro terá uma agenda movimentada com o intuito de levar até o cidadão informações indispensáveis de prevenção, de como é possível evitar o suicídio; bem como abordará a posvenção que trata do acolhimento adequado a quem é sobrevivente.
Os dados no Brasil geram preocupação, e também entre os jovens, segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, entre 2012 e 2021 aproximadamente mil crianças e adolescentes cometeram o suicídio.
Dados do Hospital Geral do Estado revelam que no período de 2016 a 2019, em Alagoas 1.366 pessoas tentaram o suicídio. E fora os dados oficiais ainda tem as subnotificações.
“Trata-se de um assunto delicado e que provoca um olhar diferenciado com o envolvimento das autoridades e órgãos competentes para juntos pensarem em métodos preventivos, discussões e planejamentos cada vez mais eficazes. O setembro amarelo vem aí para trabalharmos a sociedade e melhorarmos essa triste realidade”, conclui a promotora Micheline Tenório.