A pena máxima para um crime bárbaro, por motivo fútil, à traição, contra uma mulher será o pedido, nesta quinta-feira (28), do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), representado pelo promotor de Justiça designado, Thiago Riff, auxiliado pelo promotor de Justiça Denis Guimarães, para Luiz Felipe Cardoso Moleda, conhecido como “galegrau”, de 22 anos, Elton Jhon Bento da Silva, de 33 anos, sua esposa Jullyana Karla Soares da Costa, de 27 anos, Clécio Gomes Barbosa, vulgo “Orelha”, Lady Laura Rodrigues Paulino, de 20, e Maria Mariá Araújo Epifânio acusados de matar cruelmente Joyce da Silva Alves, à época com 22 anos, no conjunto Cidade Universitária, em Maceió.
O crime gerou repercussão em todo estado e, segundo o inquérito policial, premeditado, visto que a vítima havia se relacionado com Luiz Felipe, réu confesso, autor intelectual e também com participação direta na execução de Joyce e que estaria inconformado com o fim do relacionamento. Dessa forma, teria encontrado uma forma de atraí-la para uma festa onde colocaria, com auxílio dos comparsas, o plano em execução.
Todos terão em desfavor a sustentação do Ministério Público com quatro qualificadoras: motivo fútil, traição, meio que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio. Desde o início, “galegrau” é visto pelo promotor Denis Guimarães como pessoa fria, sem demonstração de qualquer tipo de arrependimento.
“Chegou a hora de a justiça ser feita. Houve um crime hediondo, por motivo banal e que dilacerou uma família, deixou uma criança de sete anos órfã. Além disso, os acusados de forma insensível ainda cometeram toda a barbárie na frente de duas crianças, filhas de dois participantes. A vítima foi atraída pelo ex-namorado, no caso o Luiz Felipe, inocentemente acreditou que estava sendo gentil quando a abordou e fez um convite para uma festa, mas já havia tudo planejado para matá-la. A forma cruel com a qual a Joyce foi assassinada chocou a todos, então, nossa postura está mantida defendendo o julgamento e condenação com pena máxima”, afirma o promotor de Justiça.
O caso
Joyce e Lucas Felipe haviam namorado e a vítima rompido o relacionamento, o que teria deixado o denunciado revoltado. Com o crime já planejado, naquele dia, 25 de fevereiro de 2020, Joyce se encontrava na casa de uma amiga, quando ele apareceu convidando-a para conversar. Os três saíram numa motocicleta, guiada por Lucas, até o residencial Rosa dos Ventos, onde ocorreu a execução, filmada pelas câmeras de segurança.
Joyce foi encurralada e, depois de dominada, atingida com um tiro na cabeça, o que prova autoria e materialidade do crime.
As diligências realizadas impediram, inclusive, que o acusado fugisse, já que estava escondido e se organizando para ir ao estado do Mato Grosso do Sul.
Pelo Ministério Público, inicialmente, o caso teve acompanhamento e atuação dos promotores de Justiça Rodrigo Soares e Dênis Guimarães. Por fim, o promotor de Justiça Thiago Riff foi designado como titular na acusação.