O nepotismo é uma prática imoral de apadrinhar parentes, vedado em todos os Poderes, mas constatado em muitas gestões. Atuante no combate à improbidade administrativa, o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL) ajuizou ação em desfavor do prefeito de Maribondo, Leopoldo César Pedrosa da Silva. O pedido foi acatado pelo Poder Judiciário e o juiz Douglas Beckhauser de Freitas determinou que o chefe do Executivo exonere imediatamente os secretários adjuntos Victor Amorim Pedrosa da Silva e Magna Cleone Leão Guimarães, de Administração e Assistência Social, respectivamente.
O promotor de Justiça, Ricardo de Souza Libório, avaliando inúmeras denúncias, entre elas as feitas pela Câmara de Vereadores comprovou que o prefeito, apesar de negar informações, mantinha parentes nos referidos cargos atentando aos princípios da administração pública.
“Já havíamos recomendado ao prefeito que se abstivesse de contratar ou nomear parentes para cargos em comissão e também que apresentasse ao Ministério Público as qualificações técnicas de outros que estivessem ocupando cargos políticos. Porém, o que obtivemos como resposta não foi satisfatório e ainda descobrimos a nomeação dos dois secretários adjuntos , sendo o Victor, sobrinho, e a Magna Cleone, cunhada. As pessoas têm de entender que Prefeitura não é cabide de emprego para parentes e devem ter zelo e comprometimento pela coisa pública”, relata o promotor Ricardo Libório.
O magistrado acatou na íntegra o pedido do Ministério Público e após deferimento do pedido liminar determinou que fosse expedido ofício a Leopoldo Amorim para que cumprisse a decisão.