Mais um júri na capital, mais uma sustentação precisa do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) que atua desde a denúncia, no ano de 2015, quando ocorreu o assassinato, no bairro Santa Lúcia, em Maceió. O julgamento foi na última quinta-feira (18), e os réus, Walisson da Silva e Elias Ramos da Silva, este último chefe do tráfico de drogas naquele bairro, foram condenados a 24 anos e 30 anos de prisão, respectivamente. Ambos são acusados de matar barbaramente, por motivo fútil e traição, Rogenis Lopes, com cinco tiros. O MPAL teve como representante de acusação o promotor de Justiça, José Antônio Malta Marques.
Os debates foram intensos e o representante ministerial teve postura segura e convincente diante do Conselho de Sentença que, após um dia longo de júri, avaliando também a atuação de advogados e do defensor público, acatou a tese do Ministério Público condenando os réus nas penas do Artigo 121, com as qualificadoras do § 2º, incisos II e IV.
O crime
Nos autos consta que Rogenis Lopes, no dia 3 de abril de 2015, por volta das 19 h, teria ido à casa do ex-sogro para buscar o filho com o qual pretendia passar o final de semana, porém, diante do visível estado de embriaguez em que se encontrava, a família, por receio, tentou convencê-lo a não levar a criança, visto que, colocaria sua vida em risco, pois tinha como meio de transporte uma bicicleta. No entanto, o mesmo não acatou o posicionamento dos familiares da ex-mulher e queria toda força levar o menino, de apenas um ano e sete meses, o que aconteceu. Durante discussão, a família ameaçou acionar a polícia, o que causou incômodo a Elias Ramos, traficante, por conta das suas atividades criminosas na região. Assim, ele de forma premeditada, tranquilizou os familiares dispondo-se a resolver o problema e levar a criança de volta.
O que não se imaginavam era que, naquele, momento, eElias Ramos já premeditava uma vingança a Rogenis Lopes, mesmo sem nenhum vínculo familiar e de fazer parte diretamente do desentendimento que o envolvia. Assim, uniu-se ao comparsa Walisson da Silva e, montados em uma motocicleta modelo Pop 100, saíram à procura de Rogenis Lopes. Ao se depararem com a vítima, em plena via pública, arrebataram a criança e descarregaram o revólver em seu pai tendo três dos disparos atingido as costas e a nuca, além de outros dois tiros em suas pernas.
Além de ceifar a vida de Rogenis Lopes, num ato de de frieza, os criminosos foram à casa do ex-sogro da vítima, entregaram a criança e pormenorizaram o crime, avisando a avó do menino que haviam efetuado cinco disparos contra o mesmo “para ele se ligar”, e como prova ainda mostraram o revólver e as cápsulas disparadas.
O Ministério Público do Estado de Alagoas atua no combate à criminalidade, defendendo o cidadão de bem, denunciando e pedindo punição de quem transgride as leis, atenta contra a vida e comete todo e qualquer tipo de crime.