Pelo trabalho de cobertura da Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (FPI do São Francisco), a Diretoria de Comunicação Social (Dicom) do Ministério Público do Estado recebeu o Prêmio Braskem de Jornalismo de 2016, na categoria Assessoria de Imprensa. Finalista da premiação nos últimos quatro anos, os servidores públicos do órgão ministerial sagraram-se vencedores na 27ª edição do evento, que ocorreu no dia 5 de novembro, em Maceió.
Sob a direção da jornalista Janaina Ribeiro, a equipe formada pelo analista de Comunicação Social Rafael Barreto, os repórteres fotográficos Anderson Macena e Claudemir Mota e a cerimonialista Cristina Mendes inscreveu o case “Cobertura da Fiscalização Preventiva Integrada, um projeto ambiental em defesa do Rio São Francisco” no prêmio. Em destaque, o trabalho jornalístico multimidiático das 4ª e 5ª etapas do programa, que envolveu sítio institucional, hotsite, redes sociais e disponibilização de conteúdo em tempo real para a imprensa.
“Esse prêmio não é apenas da Comunicação Social do Ministério Público. Ele é também de cada um dos promotores e técnicos que fazem parte dessa força-tarefa, é das 22 instituições que compõem a Fiscalização. Durante a FPI, normalmente a gente acorda entre quatro a cinco da manhã e volta pra descansar sempre depois das sete, oito da noite. Ao mesmo tempo em que é cansativo, é também gratificante porque a gente sabe que esse é um trabalho que tem o objetivo de salvar o Rio São Francisco e melhorar a qualidade de vida do povo ribeirinho. Portanto, enquanto durar a FPI, a nossa Diretoria estará pronta pra ajudar, afinal, pra defender o Velho Chico, somos todos carrancas”, disse Janaina Ribeiro.
O procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, também comemorou o sucesso da equipe na premiação: “Exercendo a chefia do Ministério Público, confesso o meu orgulho e de todos os promotores e procuradores de Justiça com esse valioso prêmio, que reconhece a competência e a eficiência da Diretoria de Comunicação Social da Procuradoria Geral de Justiça. Parabenizo, assim, a querida equipe por mais essa conquista. São profissionais que, inegavelmente, brilham na divulgação das ações do Ministério Público na defesa dos interesses da sociedade”.
A entrega da 27ª edição do Prêmio Braskem de Jornalismo foi uma promoção do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas em parceria com a empresa química e petroquímica Braskem. Além da Assessoria de Imprensa, houve premiação para profissionais do Jornalismo nas categorias Reportagem Especial; Jornalismo impresso/Texto; Jornalismo impresso/Imagem (Fotografia); Design Gráfico/Diagramação; Informação Econômica/Política; Informação Cultural/Turística; Informação Esportiva; Reportagem de TV; Reportagem Cinematográfica; Web jornalismo; Radiojornalismo; Assessoria de Imprensa; e Prêmio Jornalista Freitas Neto (Estudante).
Mais prêmios
Em junho, a Diretoria de Comunicação Social (Dicom) da instituição foi premiada com dois trabalhos e conquistou 1º e 2º lugares em duas disputas diferentes, uma estadual e outra nacional. Em ambas as premiações, as comissões julgadoras também avaliaram a cobertura jornalística feita durante a Fiscalização Preventiva Integrada do Rio São Francisco (FPI).
O troféu de 1º lugar foi conquistado no Prêmio Octávio Brandão de Jornalismo Ambiental 2016, na categoria ‘Jornalismo Impresso/Imagem’, com uma fotografia tirada durante a 4ª etapa da FPI do Rio São Francisco, ocorrida em novembro do ano passado. O registro fotográfico, que foi publicado na edição nº 143 do jornal O Dia, mostra um Galo-de-Campina ganhando liberdade após ser libertado do cativeiro. O pássaro silvestre, natural do bioma da Caatinga, foi reintroduzido ao seu habitat depois de receber os cuidados veterinários da equipe fauna, responsável por cuidar dos animais resgatados durante os trabalhos de campo da FPI.
Com o case “FPI do São Francisco: hotsite e redes sociais do MPE/AL levam às redações atuação em defesa do Velho Chico”, a Dicom obteve a 2ª colocação na 14ª edição do Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça, promovido pelo Fórum Nacional de Comunicação e Justiça (FNCJ). A entidade reúne os assessores de comunicação de todas as instituições ligadas ao Sistema da Justiça, a exemplo de MPEs, MPFs, TJs, DPEs, TRTs, TREs, TRFs, DPU, AGU, PGR, CNJ, CNMP, STJ, STF, TSE, TST e entidades de classe dos profissionais que compõem esses órgãos.
A cobertura da FPI do São Francisco também rendeu à Dicom o o Prêmio Braskem de Saúde e Segurança no Trabalho (SST de Jornalismo), na categoria Assessoria de Imprensa, em 2015. Na sequência, ainda no ano passado, a Diretoria de Comunicação Social do Ministério Público Estadual de Alagoas conquistou a 13ª edição do Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça. O case avaliado como a melhor estratégia de comunicação com a imprensa foi o ‘WhatsApp: ferramenta que aperfeiçoou e deu mais rapidez à comunicação entre o MPE e a mídia alagoana’.
A cobertura
O Ministério Público Estadual de Alagoas resolveu, de maneira inédita no Estado, formar uma força-tarefa para proteger o Rio São Francisco e a população ribeirinha que vive às margens dele. Para executar o programa, uniu 22 instituições estaduais e federais e, durante 30 dias, sempre nos meses de novembro e maio, percorre vários municípios. Diante da grandeza do trabalho, foi lançada à Dicom o desafio de fazer a cobertura jornalística das ações da FPI do São Francisco.
“Em 2014, as duas primeiras etapas serviram de base para que pudéssemos conhecer de perto o projeto e entender como a Comunicação poderia agir. Em 2015, além dos releases e e-mails com o resultado das operações, ampliamos a cobertura. Construímos um hotsite e toda a produção de conteúdo passou a ser compartilhada com a imprensa não mais somente pelas matérias, mas também através de registros fotográficos, vídeos, áudios com entrevistas dos coordenadores dos grupos e textos postados no próprio hotsite e nas redes sociais do Ministério Público”, explica a diretora de Comunicação Social, Janaina Ribeiro.
O objetivo foi levar a FPI às redações e à população. Por meio da produção de textos, imagens, áudios e vídeos, mostramos que a Fiscalização colaborava com o processo de recuperação da bacia hidrográfica do São Francisco, inibindo a degradação ambiental provocada pelo poder público e pela iniciativa privada e denunciava irregularidades em esgotamento sanitário, abastecimento de água, lixões, extração irregular de minérios, abate clandestino de animais, desmatamento às margens do rio e pesca predatória.
O hotsite, por exemplo, serviu como guia da imprensa e da sociedade sobre os trabalhos desenvolvidos pelo programa. Ao navegar pelo sítio, o usuário encontra informações referentes à sua origem, composição, alvos da fiscalização, relatórios, notícias, vídeos e fotos. Esses três últimos produzidos exclusivamente pela Dicom do MPE/AL.
Já as redes sociais se configuraram como a forma mais rápida do conteúdo chegar aos veículos de comunicação. Mesmo diante da dificuldade de sinal de telefone e de Internet 4G, todas as informações eram compartilhadas tão logo a tecnologia permitia. E aí, um grande volume de fotografias, vídeos e releases eram postados, especialmente no grupo da Dicom do MPE/AL no Whatsapp – que conta com mais de 250 jornalista do estado inteiro -, Facebook e Instagram.
Em maio último, um vídeo compartilhado na fanpage do Ministério Público mostrando a reintrodução de mais de 800 pássaros ao habitat da Caatinga viralizou, foi visto por mais de oito milhões de pessoas, conquistou quase 176 mil compartilhamentos e teve 8,5 mil comentários. A mídia nacional repercutiu e os comentários vieram de várias partes do mundo.
O trabalho de relacionamento com a mídia resultou numa ampla cobertura diária dos impressos, das rádios, TVs e sites, de forma a mostrar ao povo as mazelas ambientais e de saúde nos municípios do Velho Chico, ao mesmo tempo em que também intimidou quem estava à margem da lei. A imprensa foi ainda convencida a acompanhar in loco a FPI, além de ter cedido espaços em estúdios para entrevistas.
“Então, a Dicom conseguiu alcançar seu objetivo a partir da cobertura multimídia montada. Imprensa e sociedade entenderam e respeitaram a FPI, que mostrou que, durante as ações de fiscalização, à medida que são diagnosticados os danos ambientais, são adotadas, de pronto, sanções administrativas para a respectiva agressão. Além disso, mostramos também que as informações e as constatações de cada problema servirão de base para a responsabilização civil e criminal dos infratores ambientais”, comemorou Janaina Ribeiro.