Para evitar bloqueio de pistas e, consequentemente, caos no trânsito de Maceió, o procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, com o promotor de Justiça, Jorge Dória, recebeu na manhã desta quarta-feira (28), dia escolhido para a paralisação, uma comissão de taxistas que trabalha com lotação e apresentou uma pauta de reivindicações da categoria. A intermediação foi feita pelo Gerenciamento de Crises da Polícia Militar que também acompanhou a reunião. Ficou decidido que serão feitos estudos jurídicos e, logo após, a convocação de todos os envolvidos no processo entre eles a Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT).
O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), segundo o promotor de Justiça, Jorge Dória, já vem realizando estudos e discussões, junto a alguns órgãos públicos, a respeito da necessidade de se proceder uma análise abrangente sobre a questão do transporte na cidade de Maceió, exatamente com a finalidade de adequar os interesses de todas as categorias ao ordenamento que atualmente rege a matéria.
“O que favorece a desorganização no sistema do transporte urbano é a falta de implementação de ações organizadas por parte dos órgãos públicos, em cumprimento à política nacional de mobilidade urbana, através do plano diretor e com a definição de critérios de funcionamento de todos modais de transporte, a exemplo de ônibus, táxi, trem, mototáxi, uber ”, ressalta Jorge Dória.
Para o major PM Sandro Roberto, negociador do Centro de Gerenciamentos de Crises, a comissão atingiu o objetivo com o espaço que foi aberto pelo MPE/AL.
“A reunião foi bastante proveitosa e nós agradecemos ao Ministério Público que, diante de uma situação caótica que estava sendo desenvolvida, aceitou receber a categoria. Eles saíram com a afirmação de que as portas estão abertas e que a questão jurídica será estudada”, afirma Sandro Roberto.
O presidente da Associação dos Taxistas de Maceió, Gilson Gomes, se disse satisfeito com a reunião.
“Sempre que procuramos o Ministério Público somos bem atendidos. O que queremos, na verdade, é definir de uma vez por toda a situação do táxi lotação . O promotor ficou de estudar o processo, depois chamar a SMTT e outras partes para ampliar a discussão”, explica Gomes.
A principal reivindicação da categoria é a legalização para trabalhar como transporte alternativo, levando mais de um passageiro para o mesmo destino.
“Nós somos taxistas, mas trabalhamos levando três, quatro passageiros, por exemplo, para o Santo Eduardo e para os bairros da Chã da Jaqueira e Ponta Verde. Como não somos regularizados, diariamente estão sendo feitas abordagens pelos ficais da SMTT, os passageiros sendo interrogados e quando constatam que é lotação, o carro é guinchado e ainda pagamos uma multa de mais de 2 mil reais”, explica o presidente do Sindicato.
Foto: Claudemir Mota