Após reunião com o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL) e recomendação do Ministério Público Federal (MPF), o Governo do Estado nomeou 158 aprovados que estavam na reserva técnica do concurso para a Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), realizado em 2014.
Foram nomeados 10 médicos neonatologistas, 13 nutricionistas, 32 enfermeiros especializados em neonatologia, 100 técnicos em enfermagem, 2 técnicos de radiologia e 01 farmacêutico. As nomeações possibilitarão a entrada em operação de 26 novos leitos na Maternidade Santa Mônica. São 15 vagas na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) e 11 na Unidade Terapia Intensiva (UTI), todas destinadas a recém-nascidos.
“É uma conquista importante para Alagoas, um avanço no atendimento à gestante de alto risco. Os leitos já existiam, estavam equipados, mas faltavam as nomeações dos profissionais capacitados para o funcionamento. Sabemos que ainda há muito o que fazer para o poder público atender a população de maneira ideal, entretanto estamos trabalhando por estas melhorias”, declarou a promotora de Justiça Micheline Tenório, titular da 26ª promotoria de Justiça da Capital.
Luta antiga
A reunião que serviu para alinhar as nomeações aconteceu no final de maio e foi o ápice de uma luta contínua do Ministério Público. Além do MPE/AL, o encontro contou com a presença de representantes da Procuradoria-Geral do Estado de Alagoas (PGE), Uncisal, Secretaria Estadual de Saúde e da diretoria da Maternidade Santa Mônica.
“Essas nomeações são o resultado veio de uma luta antiga que travamos para melhorar a assistência materno-infantil de Alagoas. Acompanhamos a situação da Santa Mônica há muito tempo. Sempre estivemos agindo nas mais diversas situações, tento judicial, quanto extrajudicialmente, fazendo recomendações e ajustando de que maneira as melhorias poderiam ser efetivadas. Com essas nomeações, conseguimos avanços significativos nesse sentido”, declarou.
A promotora de Justiça ainda destacou a parceria com o Ministério Público Federal, que em fevereiro expediu recomendação para que o Ministério da Saúde adotasse providências para a suspensão dos repasses referentes ao Programa Rede Cegonha, no que dizia respeito aos valores relativos aos leitos que estavam à disposição, entretanto, inativos.