A Diretoria de Comunicação Social (Dicom) do Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL) é finalista, pelo 5º ano consecutivo, do Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça (PNCJ), honraria concedida pelo Fórum Nacional de Comunicação e Justiça (FNCJ), colegiado que congrega assessores de comunicação das instituições que integram todo o sistema de justiça no Brasil. A solenidade que entregará a premiação aos vencedores ocorrerá no próximo dia 31, na cidade de São Paulo.
Os finalistas do XVII Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça foram anunciados recentemente pela comissão julgadora, formada por 33 profissionais de diferentes áreas da Comunicação e de diversas regiões do Brasil. Os profissionais tiveram a missão de analisar dezenas de trabalhos, enviados por instituições como Ministérios Públicos, Tribunais de Justiça, Defensorias Públicas, OABs, CNMP e CNJ, tribunais superiores, tribunais regionais federais e eleitorais etc.
A foto selecionada
A Diretoria de Comunicação Social do MPE/AL é um das quatro finalistas na categoria ‘Fotografia”. A imagem selecionada pelos jurados foi feita no dia 5 de março de 2018, ocasião em que a Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (FPI do São Francisco) flagrou catadores trabalhando sem equipamentos de proteção individual (EPIs) num lixão localizado no Povoado de Capela, zona rural de Penedo, município do litoral sul de Alagoas. O vazadouro recebia diariamente resíduos sólidos dessa referida cidade e também do município de Igreja Nova.
Na fotografia, um catador está sobre o lixão e, em razão da volumosa quantidade de resíduos que existem no local, o trabalhador parece ser pequeno em meio a tanto lixo. Ele trabalha sem qualquer EPI, inala a fumaça tóxica oriunda da combustão do próprio lixo e faz a catação desse mesmo lixo sob o risco de se machucar com os resíduos hospitalares e o material perfurocortante que também são jogados no vazadouro de forma irregular.
A foto, de autoria do fotojornalista Johnatan Lins, foi divulgada amplamente pela Dicom e ganhou publicidade em sites, jornais e reportagens de TV que mostraram o flagrante feito pela FPI do São Francisco.
Os jurados
A comissão julgadora é formada por profissionais com reconhecimento nacional no segmento da comunicação. Faz parte dela Gil Dicelli, designer editorial e jornalista visual. Atualmente ele trabalha como editor executivo do núcleo de imagem de O Povo, jornal em circulação há mais tempo no estado do Ceará. Possui cinco Prêmios ExxonMobil de Jornalismo (anteriormente conhecido como Prêmio Esso, o maior existente no Brasil). Em 2008, ganhou o Award of Excellence, na categoria News Design/Page, prêmio concedido pela Society for News Design (SND). Em 2016, ganhou mais três prêmios internacionais, no 18º European Newspaper Award.
O fotógrafo e jornalista Alan Marques também integra a banca examinadora, e possui 26 anos de atuação no Brasil e no exterior. É mestre na linha Imagem, Som e Escrita (FAC/ UnB), com MBA em Marketing (FGV). É coordenador do curso de Comunicação da Anhanguera e professor universitário com cinco livros publicados sobre Comunicação Visual. Entre eles está obra apoiada pela ONU: Bonbagay – A luta no Haiti após o terremoto.
A concorrência
Título: “FPI do São Francisco I”
Instituição: Ministério Público Estadual de Alagoas
Título: “O Alívio da Aposentadoria”
Instituição: Tribunal de Justiça de Goiás
Título: “Ser forte pelos mais fracos”
Instituição: Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO)
Título: “Vidas amontoadas”
Instituição: Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO)
O Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça já existe há 17 anos e reconhece os melhores trabalhos realizados pelas assessorias de comunicação de todos os órgãos ligados à Justiça do país. Ao todo, são 12 categorias disputadas.
Os finalistas concorrerão, também, ao “Grande Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça”, que será concedido ao trabalho melhor avaliado, em processo de julgamento que reunirá notas do júri técnico e do júri popular.