O procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, recepcionou, na noite dessa sexta-fera (12), integrantes da Ordem dos Pastores de Alagoas, do Fórum Eclesiástico e da Igreja Católica que foram ao Ministério Público discutir sobre os direitos dos cristãos e falar sobre discriminações sofridas. Segundo os pastores, de diferentes denominações, os evangélicos têm sido submetidos a constrangimentos por puro preconceito religioso. A reunião também teve a participação do promotor de Justiça, Mano Alexandre Moura.

A ideia dos visitantes era a de que fosse criada, no Ministério Público, uma comissão permanente para assuntos eclesiásticos para cuidar, especificamente, de casos de preconceitos sofridos e registrados. O procurador-geral de Justiça, explicou que dentro das normas institucionais não haveria tal possibilidade, porém se colocou à disposição para encontrar uma forma de atendê-los.

“Juridicamente, a comissão é inviável, mas o Ministério Público pode muito bem criar um diálogo permanente para estudar formas e encontrar mecanismos para ajudá-los a superar quaisquer obstáculos. Sabemos o papel importante que as igrejas têm, principalmente nas comunidades mais vulneráveis. Onde faltam políticas públicas, temos certeza de que a fé é quem vem salvando vidas. Enquanto o jovem está na igreja, mais se distancia da criminalidade”, esclarece Alfredo Gaspar.

O chefe do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), lembrou que as portas estarão sempre abertas para todos pois é obrigação da instituição fiscalizar e garantir direitos de cada cidadão.

“A vinda das representações exige do MP uma postura proativa e fazemos questão de reafirmar nosso compromisso. Nossa instituição deve ser sempre imparcial em relação a todas as crenças,  garantimos sentar, dar atenção e encontrar solução para a causa dos senhores. É preciso que sentemos mais vezes para debater, amadurecer o foco e vê quais os empecilhos para poder ajudarmos com mais eficiência”, ressalta o procurador-geral de Justiça.

Os pastores, bem como o representante da Igreja Católica, ficaram de fazer levantamentos e noutra oportunidade, cuja data melhor será por eles estudada, retornarem para novo encontro com o chefe ministerial.

Fotos: Anderson Macena