O promotor de Justiça, Antônio Villas Boas, apresentará recurso ao Poder Judiciário, recorrendo da absolvição, por clemência, de Alex Costa Farias de Melo, conhecido como “gordo”, acusado de autoria material na morte do ex-vice prefeito do Pilar, Gilberto Pereira Alves, conhecido como ‘Beto Campanha’, e tentativa de homicídio contra José Cícero Santos Chagas, crimes ocorridos em janeiro de 2007.

Apesar de o conselho de sentença reconhecer Alex Farias como um dos autores materiais, decidiu deixá-lo em liberdade, por clemência. “A decisão do Conselho de Sentença foi manifestamente contrária às provas dos autos, uma vez que os jurados rechaçaram a única tese da defesa, que era de negativa de autoria, mas resolveram absolver o réu por clemência”, afirma o promotor.

Para o promotor de Justiça, Antônio Villas Boas, a postura é incognoscível já que Alex Farias foi absolvido na acusação da morte de Beto Campanha, mas condenado a 16 anos e quatro meses de prisão pela tentativa de homicídio contra José Cícero que estava no mesmo veículo que ele.

Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado de Alagoas (MP/AL), Alex agiu com Givanildo José da Silva, esse condenado a 24 anos e seis meses de reclusão pela morte de Beto campanha e absolvido pela tentativa de assassinato contra José Cícero, havendo uma notada inversão nas acusações e absolvições relacionadas aos dois.

O outro réu, Josué Teixeira da Silva, que seria o ‘ponteador’ do grupo, foi absolvido. Outros três acusados de envolvimento, José Maurílio dos Santos, o “ Di lampião”, o policial militar José Dimas Gonçalves Barbosa e o policial civil Alfredo Pontes, o Alfredinho, foram executados um ano após num período de 15 dias.