Apesar dos argumentos da defesa de Alderban de Souza Ferreira, tentando desqualificar o crime para homicídio culposo, ele foi condenado a 17 anos e dez meses de prisão, em regime fechado, por homicídio doloso, triplamente qualificado. Das qualificadoras, apenas o motivo fútil foi ignorado pelos jurados. O juiz Mauro Baldini leu a sentença, mas apesar da condenação, os promotores de Justiça, Hylza Paiva, e José Antônio Malta Marques irão recorrer. De acordo com os representantes ministeriais, diante da crueldade a pena pode ser considerada ainda branda.
Alberdan se mostrou frio durante todo o julgamento, deixando a todos impressionados. O promotor José Antônio Malta Marques ressaltou seu comportamento.
“A ousadia do réu reforça a visão do Ministério Público a respeito da sua estupidez e a crueldade com a qual Jaciara foi morta. Estivemos aqui, não somente defendendo Jaciara, mas todas as mulheres honradas de Coruripe e de Alagoas. Jaciara foi morta a primeira vez com o ‘mata leão’, a segunda com o esgorjamento e hoje tentaram matá-la pela terceira vez, mas o Ministério Público não deixou que isso ocorresse e o conselho de sentença fez justiça”, afirma o promotor.
Para a promotora Hylza Paiva, a condenação significa “uma grande realização e a certeza de um dever cumprido com a justiça plenamente realizada, principalmente neste mês em que se comemora o internacional da mulher. E este crime aconteceu de forma tão bárbara, com requintes de crueldade, comprovando ainda o feminicídio, que a absolvição do réu, pra mim, seria matar a esperança de uma sociedade. No entanto, apesar de vê-lo retornar ao presídio, ainda saio inconformada com a pena aplicada e vamos recorrer para chegarmos a pena máxima”.
No laudo cadavérico consta que Jaciara foi morta vítima de esgorjamento que resultou em traumatismo raquimedular, ou seja com o impacto algumas vértebras foram quebradas.