Após ser designado pelo procurador-geral de justiça de Alagoas, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, por meio da portaria PGJ nº 72/19, o procurador de justiça Antiógenes Marques de Lira passou a acompanhar os trabalhos que investigam os motivos do fenômeno geológico ocorrido no bairro do Pinheiro e as consequências que essa situação causou aos moradores da localidade. Nesta quinta-feira (17), o representante do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL) coordenou uma reunião com técnicos ligados ao Departamento de Geografia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), com o objetivo de intermediar a troca de informações entre os profissionais da instituição de ensino e a equipe que vem realizando os estudos na região.

“Participamos de uma reunião na Prefeitura de Maceió, onde técnicos do Serviço Geológico do Brasil e da Agência Nacional de Mineração expuseram suas linhas de trabalho. Na ocasião, sentimos falta da Ufal e assim marcamos este encontro. A intenção é iniciar um diálogo com professores da instituição federal a fim de que seja feita troca de informações e prestado um auxílio técnico, já que eles detêm conhecimentos e estudos que podem ser de grande auxílio para todos nós”, explicou Antiógenes Marques de Lira.

O procurador de justiça acredita que será preciso estabelecer duas frentes de trabalhos, sendo uma voltada aos estudos do motivo das fissuras e outra que se preocupe em solucionar os problemas causados aos moradores da região. “Estamos nos inteirando do que está acontecendo, estudando os laudos que já foram emitidos até agora. Nessa fase, os geólogos e geotécnicos da Ufal serão de grande relevância, já que eles poderão interpretar esses relatórios extremante técnicos. Como a situação envolve subsolo, deve ser acompanhada pelo Ministério Público Federal. Entretanto, independente do que provocou este fenômeno, há um problema socioeconômico estabelecido. Como ficarão as pessoas que perderam suas casas? Suas empresas? Nota-se que a economia do bairro já foi atingida. Todas essas questões precisam de respostas e essa atribuição é do Ministério Público Estadual. Estamos preocupados com os cidadãos que tiveram suas vidas diretamente afetadas e cobraremos soluções”, disse.

Ele ainda salientou que há uma orientação do procurador-geral de justiça de Alagoas, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, para que o Ministério Público trabalhe em conjunto na busca de uma solução para a situação. “Não mediremos esforços. Tanto que na reunião ocorrida na prefeitura estive acompanhado do coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça, promotor de justiça Antônio Malta Marques, e do coordenador do Núcleo de Perícia do Ministério Público, promotor de justiça Adriano Jorge, que também acompanhou a reunião com os representantes da Ufal. Estes dois colegas me darão suporte nessa missão e isso será de grande importância. Estamos trabalhando de forma integrada e unitário para enxergamos caminhos. Não é só o problema geológico, há um problema social e econômico que precisa ser solucionado e estamos concentrados nessa questão”.

A reunião ainda foi acompanhada pela Vereadora por Maceió Tereza Nelma, que também intermediou a realização da reunião.