A sessão do Colégio de Procuradores do Ministério Público Estadual de Alagoas (MPAL) foi especial nesta terça-feira (31). Durante os trabalhos, o procurador de Justiça Antônio Arecippo de Barros Teixeira Neto foi homenageado em função da sua aposentadoria. Ele deixará a Procuradoria-Geral de Justiça, a partir de setembro, após 44 anos dedicados à instituição.
Durante a solenidade, Antônio Arecippo recebeu duas placas de homenagens como agradecimento pelo trabalho prestado como integrante da carreira do Ministério Público. “O Colégio de Procuradores de Justiça, por unanimidade, a partir de proposta do seu presidente, procurador de Justiça Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, presta esta merecida homenagem em reconhecimento por sua valorosa contribuição ao Ministério Público do Estado de Alagoas, que teve a honra de receber 44 anos da sua mais completa dedicação profissional. A instituição agradece, em nome da sociedade alagoana, pelos relevantes serviços prestados. Nós, membros deste Colegiado, como colegas, não poderíamos deixar de dar testemunho da retidão do seu caráter e da magnitude de sua dignidade, que continuarão a servir de exemplo aos que fazem o Ministério Público do Estado de Alagoas”, é o texto contido no presente.
A segunda placa foi entregue pelos servidores do gabinete do procurador: “Rendemos nossas justas homenagens ao excelentíssimo procurador de Justiça criminal, dr. Antônio Arecippo Neto, tanto pelos valiosos aprendizados no âmbito jurídico, bem como pelos ensinamentos e valores de honradez e dignidade que sempre passou a todos que tiveram o privilégio do seu convívio diário”, é o que diz a homenagem.
Ao se referir ao colega que ora deixa o cargo, o chefe do MPAL, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, fez elogios ao colega e o agradeceu por toda dedicação à instituição. “Antônio Arecippo, nosso decano, está deixando um grande legado de trabalho, comprometimento, dedicação e competência ao nosso Ministério Público. E também de respeito e lealdade para com os seus pares, procuradores e promotores de Justiça. É um procurador de Justiça que fará falta no dia a dia e nas discussões jurídicas dentro deste Colégio. Mas, a sua aposentadoria não irá afastá-lo de nós, afinal, as portas do Ministério Público estarão sempre abertas para um membro de tanta honradez e saber jurídico”, discursou o procurador-geral de Justiça.
E as homenagens e os agradecimentos continuaram. “Sempre vamos ter a oportunidade de apresentar Antônio Arecippo aos nossos novos colegas, mostrando o exemplo que o senhor foi, ainda é e sempre será. Fico feliz pela conclusão dessa etapa em sua vida e pela forma em que trabalhou esse tempo todo. Felicidades é o que lhe desejo”, disse o subprocurador administrativo institucional do MPAL, Valter Acioly.
“Desejo, em nome da Corregedoria, que em sua aposentadoria o senhor tenha uma vida mais tranquila, mas que não nos deixe, pois sua presença fará muita falta. Também quero parabenizá-lo pela carreira trilhada e pelos méritos conquistados. Vossa excelência ficará marcado pela gentileza, gestos de cortesia e maneira própria de saber tratar e respeitar os colegas”, afirmou o corregedor-geral, Walber José Valente de Lima.
O ouvidor do MPAL igualmente se pronunciou: “É evidente que nesses meus 33 anos convivendo com alguém que tem 44 anos de Ministério Público, eu pude acompanhar e aprender com os seus ensinamentos. E uma das lições que ficam é sobre a importância da construção das relações interpessoais, que se consolidam a partir do momento que a gente tem convergência de objetivos. O senhor, que agora está sendo homenageado, não somente transformou internamente esta instituição, mas, contribuiu de forma expressiva para alteração da realidade da sociedade alagoana”, declarou Lean Araújo.
As homenagens seguiram com o procurador de Justiça Antiógenes Marques de Lira: “É uma satisfação e honra tê-lo como amigo e, a partir de agora, substituí-lo, todas as quartas-feiras na Câmara Criminal. Vai ser um trabalho difícil, pois pouca gente tem a sua capacidade, o seu discernimento e o seu prazer pelo trabalho de desenvolver e distribuir Justiça”, pontuou.
Única mulher dentro do Colegiado, a procuradora Denise Guimarães também ressaltou as qualidades do colega. “Nós estamos vivendo hoje uma data importante que é alegre e triste ao mesmo tempo. E quando eu me refiro a tristeza é porque não teremos mais o procurador Arecippo na nossa rotina diária. Quero lhe dizer que o senhor vai fazer muita falta entre nós e tenha a certeza que a sua história se confunde com a do Ministério Público. É uma trajetória profissional marcada pela resolutividade e proatividade”. Os procuradores de Justiça Eduardo Tavares, Marcos Méro e Maurício Pitta, o promotor de Justiça e presidente da Ampal, Roberto Salomão, além de Aderbal Arecippo, filho do procurador, também prestaram suas homenagens.
O momento foi finalizado com as palavras de agradecimento do homenageado. “Eu tenho muito orgulho da minha trajetória dentro do Ministério Público, iniciada quando eu ainda era adjunto de promotor de Justiça. Aqui dentro eu fiz de tudo, fui promotor, procurador-geral em exercício, corregedor, ouvidor e diretor do Centro de Apoio Operacional. Inclusive, foi nessa última função que desenvolvi alguns trabalhos que muito me marcaram: fizemos as tratativas para a criação dos conselhos de direito, para a implantação dos elevadores hidráulicos nos ônibus e para a construção das rampas de acesso a cadeirantes nas calçadas”, lembrou que ele.
“Quero também dizer que sempre tive vontade de aprender e nunca me envergonhei de pedir ajuda. Quando eu tive minhas dúvidas jurídicas sobre determinados casos, por diversas vezes procurei os gabinetes de colegas procuradores para debater aqueles temas. Isso foi enriquecedor pra mim. O conhecimento deve ser algo a ser perseguido sempre por nós. Por fim, quero agradecer a minha família, que sempre me apoiou, a chefia da instituição e a cada membro, servidor, colaborador e estagiário. Minha gratidão ao Ministério Público de Alagoas”, concluiu Antônio Arecippo.
Histórico
Antônio Arecippo de Barros Teixeira Neto ingressou na carreira do Ministério Público do Estado de Alagoas ainda na condição de promotor de Justiça adjunto, em maio de 1970, tendo passado pelas comarcas de Major Izidoro, Coruripe, Quebrangulo e Palmeira dos Índios.
Ele assumiu o cargo de promotor em caráter efetivo, após ter sido aprovado no primeiro concurso feito pela própria instituição, em 1973, tendo sido empossado em 12 de janeiro de 1977, no município de Junqueiro. Passou ainda por promotorias de Justiça cíveis e criminais da capital, além de ter voltado à comarca de Palmeira dos Índios. Ascendeu ao cargo de procurador de Justiça em maio de 1987, pelo critério de merecimento. Ao todo, são 44 anos, seis meses e 29 dias de serviços prestados ao MPAL. Ele se aposentará no dia 1 de setembro deste ano.